• Post category:Agro

O investimento em oportunidades, no intercâmbio e na abertura de novos mercados, deve estar entre os principais focos das negociações estratégicas do Brasil voltadas aos interesses do mercado dos países árabes. Segundo Celso Moretti, presidente da Embrapa, ainda há espaços a serem ocupados e o potencial para explorar e atrair investimentos para o País, em áreas como a bioeconomia e a cadeia de proteína animal, requer a adoção de ações mais efetivas por parte dos segmentos brasileiros envolvidos.

Como os países árabes têm uma economia ainda baseada em energia fóssil e o Brasil tem demonstrado forte tendência de crescimento da economia de base biológica, ele aposta ser esta uma das melhores chances para ao desenvolvimento nacional em cooperação com as nações da região. “O Brasil precisa fazer mais e melhor o que já tem sido feito”, afirma.

Em evento em 11 de maio, com transmissão pelas redes sociais e a participação de especialistas em agronegócio e representantes das áreas internacionais, sobre a diversificação dos produtos brasileiros no mundo árabe, Moretti anunciou a articulação para a instalação de um escritório da Embrapa em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, onde a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) já tem representação e é uma das parceiras da Empresa.

Produtos brasileiros

Sobre a diversificação de oferta de produtos para o mercado árabe, o presidente destacou o exemplo da produção de grão de bico, que já está sendo exportada, e o potencial de atendimento das demandas por frutas e hortaliças geneticamente adaptadas ao clima da região, onde há baixa disponibilidade de água.

“O desenvolvimento agropecuário brasileiro baseado em ciência tem chamado a atenção do mundo e temos recebido árabes demandas constantes das lideeranças de vários países árabes”, disse ele, referindo-se às reuniões com comitivas estrangeiras interessadas em projetos multilaterais.

“Precisamos ser mais agressivos na presença brasileira naquele continente”, comentou. “Houve um recuo nos últimos anos, por isso é preciso retomar os contatos, em especial na África subsaariana, uma região que está no meio do caminho entre o Brasil e o seu principal mercado que é a China.”

Compartilhar matéria no
Brasil precisa ocupar mais espaços no  mercado árabe, diz Embrapa