A Administração Geral das Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) informou nesta sexta-feira (11) que suspendeu por uma semana a importação de dois frigoríficos brasileiros após encontrar traços de coronavírus em lotes (caixas e embalagens) de carne bovina.
Segundo a GACC, uma das unidades é da Plena Alimentos, em Paraíso do Tocantins (TO), e a outra da Naturafrig, de Barra do Bugres (MT). A suspensão deverá terminar no próximo dia 18.
Ao todo, o país tem, neste momento, 6 frigoríficos embargados pelo país asiático e, com o anúncio desta sexta, já são 4 casos em que os chineses encontraram a presença do vírus em embalagem dos produtos.
A reportagem procurou as empresas e o Ministério da Agricultura e, até a última atualização deste texto, não houve retorno.
A suspensão automática faz parte de um novo protocolo chinês para controle de entrada de alimentos no país. Todos os lotes (caixas e embalagens) são testados para detectar a presença do vírus.
Desde o início da pandemia, os chineses mostraram preocupação com a chegada de cargas que pudessem ter a presença do vírus e tem bloqueado as exportações de países por conta desse risco. Pelo mesmo motivo, a China também suspendeu nesta sexta-feira o frigorífico argentino Alberdi.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que não há evidências de que o coronavírus possa ser transmitido por alimentos.
Testes de lotes
A suspensão temporária passou a ser adotada nos últimos meses, com o aprimoramento dos protocolos entre chineses e brasileiros.
O país asiático começou a testar as cargas que chegavam por lá e determinou que, em caso da presença do vírus, a unidade é suspensa automaticamente por uma semana.
Os outros dois casos ocorreram em um pacote de pescados da empresa Monteiro Indústria de Pescados e em uma embalagem de carne bovina da Minerva Foods, de Barretos (SP). As duas empresas já foram novamente autorizadas a vender para os chineses.