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A segunda quinzena do mês é marcada por uma redução nas vendas de carne bovina, mas o mercado tem apontado preços firmes da carne no atacado e com 18 semanas seguidas de valorização das cotações.

“Nós também notamos ganhos no varejo nesses últimos sete dias e podemos considerar esse movimento como positivo, sendo que o escoamento da carne no mercado interno tem sido o elo mais fraco diante de todos os fundamentos do setor”, afirmou o Analista de Mercado da Scot Consultoria, Hyberville Neto.

Na última semana, o mercado de carne sem osso no atacado teve um ganho de 1,7% na média dos cortes. Já os cortes de traseiro registraram uma valorização semanal de 1,9% e o dianteiro 1,1% durante a semana.

“Lembrando que os cortes de dianteiro são destinados a exportação e quando temos uma alta maior nos cortes de traseiro, isso nos ajuda a indicar que o consumo doméstico está absorvendo a oferta de carne que tem ficado aqui”, ressalta.

O analista destaca que o consumidor final está aceitando preços mais elevados da carne, mas parte das altas é em decorrência de um volume menor do produto no mercado doméstico. “A redução do volume no mercado interno se deve a diminuição dos abates e o aumento da quantidade de carne exportada. Isso gera uma quantidade menor a ser precificada em valores maiores”, comenta.

Diante do movimento de alta de arroba, o analista aponta que alguns pecuaristas estão adotando uma estratégia de reter os animais no confinamento para conseguir boas margens de lucros nas próximas semanas.

“Como o mercado tem registrado altas a cada semana, o pecuarista acaba postergando dentro do possível a venda desses animais já que o mercado futuro indica valores muito atrativos”, destaca.

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Com altas seguidas nas cotações do boi, pecuaristas tendem a reter animais