O desempenho do frango vivo em junho pode ser considerado excepcional. Mas só em relação ao mês anterior (+17,67%), visto que, comparativamente a junho de 2019 registra ganho que não chega a 3%, enquanto no acumulado dos seis primeiros meses do ano permanece com um valor médio 2,25% inferior ao do primeiro semestre de 2020.
Sob esse aspecto, ainda que tenham obtido ganhos moderados em junho (aumentos próximos de 5%) e embora o preço médio do suíno tenha ficado 10% abaixo do registrado um ano atrás, boi em pé e do suíno vivo vêm obtendo valorização bem melhor, já que chegam à metade de 2020 com um valor médio superior (ganhos de 29,75% e 17,47%, respectivamente) ao alcançado em idêntico período de 2019.
De toda forma, todos perdem das duas principais matérias-primas da produção animal, a despeito de, em junho, o milho ter apresentado ligeiro recuo de preços (-7,27%) e o farelo de soja ter permanecido relativamente estável (alta inferior a meio por cento).
Ou seja: em relação a junho de 2019 ficaram 21,26% e 41,23% mais caros, enquanto no acumulado do ano alcançam valores médios mais de 30% superiores aos do primeiro semestre do ano passado. E quem perde mais com esses aumentos é o frango vivo.