A JBS anunciou nesta quarta-feira, 23, a criação do programa Juntos pela Amazônia, que compreende uma série de ações para promover a sustentabilidade na cadeia produtiva de carne bovina no bioma e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais.
“Alimentar o mundo com sustentabilidade” foi a frase usada pelo CEO global da companhia, Gilberto Tomazoni, para resumir a missão da empresa nos próximos anos. “A redução das emissões de gases do efeito estufa não pode esperar, assim como precisamos gerar empregos e alimentar milhões de pessoas mundo afora”, disse.
Para ser mais assertiva, a empresa dividiu sua estratégia para os próximos anos em quatro pilares, sendo que três deles serão atendidos com a criação do Fundo JBS pela Amazônia. A ideia é angariar R$ 1 bilhão até 2030 e financiar ações e projetos tratem de conservação e recuperação de florestas, apoio às comunidades locais e desenvolvimento científico e tecnológico.
“Faremos um aporte inicial de R$ 250 milhões em cinco anos, e fazemos um convite a todos os stakeholders [acionistas], para que contribuam com o fundo. Também estamos nos comprometendo a igualar as doações de terceiros até que a contribuição da JBS chegue a R$ 500 milhões. Acredito que isso terá um impacto muito positivo na região”, afirma Tomazoni.
Ex-CEO da Seara, Joanita Karoleski presidirá o fundo. Segundo ela, conter o desmatamento ilegal é o desafio central para preservar a Amazônia, mas também é preciso um olhar voltado à qualidade de vida e a geração de renda para as comunidades locais.
Ela afirma que foi montada uma estrutura de governança independente para que os investimentos sejam feitos de forma transparente. Serão três conselhos (administrativo, consultivo e fiscal) e um comitê técnico, formados por grandes nomes do agronegócio – como o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Marcelo Britto, e a presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Tereza “Teka” Vendramini – e de outras empresas que também têm foco em sustentabilidade.
“Caberá ao comitê técnico a seleção e definição dos projetos que serão apoiados. Esses projetos deverão maximizar a utilização a utilização de recursos financeiros e técnicos para reflorestamento e conservação da Amazônia; desenvolvimento sustentável com foco na indústria de alimentos, com objetivo de evitar de evitar desmatamento, criando uma cadeia sustentável; e uso sustentável da terra para apoiar pessoas comunidades, gerando empregos e renda”, frisa Joanita.