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Acompanhada de uma crise financeira enfrentada pelo Brasil, a pandemia tem causado uma onda de desemprego em diversos setores produtivos. No entanto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, o agronegócio contratou mais do que demitiu neste ano, até o momento.

Como explica o levantamento, foram criadas cerca de 62,6 mil vagas no primeiro semestre, se comparado ao mesmo período em 2019. Número potencializado pelo Centro-Oeste, região com a maior produção de grãos e carne no País.

Com a forte demanda de grãos, é previsto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) uma safra recorde de quase 247,4 milhões de toneladas de grãos no País.

Cenário, que de acordo com o especialista na área, João Birkhan, é impulsionado pela necessidade por alimento no mundo e a desvalorização do real frente a moedas estrangeiras, mantendo o agro em alta, mesmo com a pandemia.

“Nós estamos aumentando a exportação, a demanda do mercado internacional é muito grande e os preços estão compensadores. Isso significa que não haverá nesse seguimento nenhum desemprego. Pelo contrário, deverá aumentar até a procura de mão de obra, contribuindo para a manutenção de empregos em outros seguimentos e o melhor de tudo é que nós temos uma previsão para 2021 tão boa ou até melhor do que 2020”, explicou.

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Mesmo com a pandemia, agronegócio criou 62,6 mil vagas de emprego