Como o previsto, o mercado brasileiro de soja apresentou preços mais altos, puxado por uma forte elevação no dólar em mais um dia confuso, dado a turbulência e volatilidade nas bolsas e câmbio. Nos portos a saca foi negociada a R$ 95 e alguns produtores do interior do país receberam propostas para vender sua produção por R$ 90.
“Foi difícil a precificação, mas diante de todo o nervosismo, o dia acabou sendo bom para a movimentação de negócios. Os reportes envolveram cerca de 700 mil toneladas”, afirma Luiz Fernando Gutierrez.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 89,50 para R$ 90,50. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 89 para R$ 90,50. No porto de Rio Grande, o preço subiu de R$ 93,50 para R$ 95.
Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 86 para R$ 86,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca passou de R$ 93,50 para R$ 94.
Em Rondonópolis (MT), a saca se manteve em R$ 82 a saca. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 79,50 para R$ 80,50. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 79,50 para R$ 81.
Apesar do levantamento da consultoria, alguns produtores relataram ter recebido propostas com preços mais elevados. Em Coronel Bicaco, um produtor teve a proposta de vender a saca por R$ 90.”
Coronavírus
O mercado sentiu o movimento de aversão ao risco por conta da pandemia do coronavírus, que trouxe um forte impacto nos preços do petróleo e provocou perdas acentuadas nos mercados acionários e de commodities.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2019/20, com início em 1 de setembro, ficaram em 302.800 toneladas na semana encerrada em 05 de março. Representa uma retração de 12% frente à semana anterior e um recuo de 34% ante à média das últimas quatro semanas. O Japão liderou as importações, com 120.000 toneladas.
Para a temporada 2020/21, são mais 1.400 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 150 mil a 750 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).