Segundo o Relatório sobre o Mercado de Café de setembro de 2020, produzido pela Organização Internacional do Café (OIC) destaca a queda mundial na produção de café. No ano cafeeiro 19/20 o volume está estimado em 169,34 milhões de sacas de 60kg. Isso corresponde a uma queda de 2,2% em relação ao ano anterior.
A queda é puxada pela retração no arábica que diminuiu 5%, com 95,9 milhões de sacas. Já a variedade robusta teve crescimento de 1,9% e fechou em 73,3 milhões de sacas de 60kg.
A maior queda entre os campeões mundiais de café foi no Brasil, responsável por 35% da produção mundial. Essa queda se deve ao ano de baixa do ciclo bienal do café arábica, que alterna produção menor em um ano com safra maior no outro ano seguinte. A safra brasileira fechou em 58 milhões de sacas de 60kg ou cerca de 10,9% a menos que no ano anterior. O arábica teve redução de 17,4%, com 37 milhões de sacas e o robusta fechou o ano com o total de 21 milhões de sacas produzidas, volume 3,4% maior.
Com exceção do Brasil, a produção de café no ano cafeeiro 2019-2020 aumentou nos cinco maiores países produtores. A estimativa da safra do Vietnã é de 31,5 milhões de sacas de 60kg, 0,7% maior que o do ano passado. A produção da Colômbia está estimada em 14,1 milhões de sacas, 1,7% maior do que em 2018-2019. Após três anos de queda, a produção da Indonésia aumentou 16,5% e está estimada em 11,2 milhões de sacas. Com relação à Etiópia, a estimativa é que o país produza 7,7 milhões de sacas, número que representa um aumento de 2,1% em relação a 2018/19.