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A Mosaic Fertilizantes, unidade da Mosaic no Brasil, prevê que a demanda por adubos cresça de 2% a 3% este ano no país, com o impulso do dólar forte frente ao real favorecendo o fechamento de negócios antecipados para a safra do ano que vem, apesar das incertezas geradas pelo coronavírus, disse um alto executivo da companhia, uma das líderes do setor.

A comercialização de fertilizantes tem crescido constantemente nos últimos anos, renovando recordes, à medida que o Brasil amplia sua agricultura, e a Mosaic tem como foco participar desse crescimento no país com maior potencial para expandir cultivos, disse à Reuters Floris Bielders, vice-presidente comercial da Mosaic Fertilizantes.

Respondendo por cerca de 25% do mercado de fertilizantes no Brasil, de cerca de 36 milhões de toneladas em 2019, a Mosaic avalia que o crescimento em 2020 não será muito diferente do verificado no ano passado, comentou o executivo, que está otimista apesar das preocupações com o coronavírus e o impacto da doença em diferentes mercados globais.

Mas, se os problemas do coronavírus – agora considerado pandemia globaltêm larga escala, de outro lado colaboram para fortalecer a cotação do dólar frente ao real, o que ajuda os agricultores, os principais clientes da Mosaic.

Na avaliação de Bielders, o coronavírus não é uma ameaça iminente à agricultura brasileira, uma vez que os mercados de alimentos são menos suscetíveis a tais crises do que as ações, por exemplo.

“As pessoas precisam comer, isso não muda”, justificou ele. “E o real desvalorizado é uma boa notícia para agricultores.”

No contexto de dólar forte –que subiu cerca de 17% frente ao real em 2020, aumentando a competitividade das exportações de grãos do país–, os agricultores brasileiros já venderam cerca de 20% de sua safra de soja da próxima temporada, destacou Bielders.

Esse movimento acaba trazendo um benefício para fornecedores de insumos, como a Mosaic, que já está recebendo pedidos de entregas para o primeiro trimestre de 2021, revelou. “Isso é muito raro…”, disse Bielders. “Os agricultores só farão isso se tiverem boas margens.”

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Vendas de adubos no Brasil deve crescer 2% a 3% neste ano