Apesar da redução no ritmo de crescimento, conforme balanço apresentado recentemente pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que prevê um crescimento entre 3% e 5% para 2022, o trade do agronegócio brasileiro tem ainda muitos motivos para manter o otimismo, especialmente após um 2021 histórico com expansão de 9,37% na comparação com o ano anterior.
Essa é a avaliação de Cauê Campos, CEO da Pivot Máquinas Agrícolas e Sistemas de Irrigação, líder nacional na comercialização de irrigação por pivôs centrais e maquinário para o campo. Na esteira do bom momento do agronegócio no País, a empresa comemora o maior crescimento em seus 30 anos de história.
“O ano de 2021 foi o melhor ano de vendas da história do setor de irrigação no Brasil. Nossa estimativa é de que cerca de 3.000 novos pivôs tenham entrado em operação, o que cobre aproximadamente uma área de 220.000 hectares. No entanto, o ano que passou foi de alta demanda, mas também houve falta de produtos, por causa dos impactos da pandemia. Então, certamente, o que foi vendido em 2021 continuará sendo entregue por um bom período ao longo de 2022”, explica o executivo da Pivot.
Com 32 anos de mercado, a Pivot possui hoje 10 lojas instaladas em cidades de Goiás, Minas Gerais e Bahia. Para 2022, a empresa de origem goiana já anunciou a abertura de duas novas unidades: uma em Nova Crixás (GO), na chamada região do Vale do Araguaia; e sua primeira unidade no Tocantins, no município de Gurupi.
“Em 2022 vamos consolidar as áreas adicionadas, por meio dessas duas inaugurações, mas também vamos trabalhar para melhorar a nossa infraestrutura em cidades que já atuamos. Em Formosa, por exemplo (no Entorno do DF), teremos uma nova loja feita especialmente para ampliarmos nossa operação, e a inauguração deve ocorrer no segundo semestre. Também todas as lojas que já temos irão receber algum tipo de reforma para que o nosso atendimento seja aprimorado”, revela Cauê Campos.
Agricultura irrigada
Dados do Atlas de Irrigação 2021, elaborado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), mostram que hoje o Brasil possui mais de 8,2 milhões de hectares irrigados com a possibilidade de avançar para mais 4,7 milhões de hectares até 2040. Para Cauê, esse potencial enorme que o País tem para a agricultura irrigada é outro grande motivo de otimismo. “O agronegócio brasileiro está cada vez mais maduro e chegando a um patamar de eficiência e produtividade jamais visto no mundo. E a agricultura irrigada é a solução, sustentável, para mantermos e avançarmos nesse alto nível”, afirma Cauê Campos.
O CEO da Pivot lembra ainda que o cenário de seca intensa vivido em 2021 trouxe uma nova iniciativa para estimular a produção irrigada, com a criação, no final do ano, da Rede Nacional de Irrigantes (RNAI), uma entidade cujo objetivo é incentivar o desenvolvimento sustentável da agricultura com irrigação no Brasil.
Custos de produção
Em seu relatório de balanço e perspectivas, a CNA também apontou o aumento dos custos da produção como um dos principais desafios para 2022. A Confederação identificou um aumento de mais de 100% nas despesas com fertilizantes e defensivos para culturas como soja e milho, movimento que deve se manter no próximo ano.
Para Cauê Campos, a agricultura de irrigação e a tecnologia são as soluções para esses desafios no ano que se inicia. “Os produtores brasileiros, em sua grande maioria, sabem (muito bem – deletar) que investir em modernização de máquinas e irrigação é a solução para maior (máxima – – deletar) produtividade e o menor custo”, destaca.
E na área da tecnologia, a empresa terá muitas novidades, segundo explica o CEO da Pivot, que é uma das concessionárias no Brasil da Case IH, marca líder mundial no desenvolvimento de soluções tecnológicas para a agricultura. “O grupo dono da Case IH, CNH Industrial, recentemente comprou a Raven que é líder em direção autônoma de máquinas. E também consolidou várias outras empresas de tecnologia sob a marca AgExtend e nós da rede Case Ih iremos distribuir essas tecnologias e incrementar ainda mais a conectividade de nossas máquinas” , pontua Cauê.