Não é novidade o fato de que os processos alérgicos estão em franco crescimento na população mundial, principalmente as alergias alimentares e a sensibilidade a agentes externos como animais de estimação, fungos, ácaros, insetos, perfumes, produtos químicos e muitos outros. Embora os exames diagnósticos mais modernos e precoces evidenciem que um número cada vez maior de crianças apresentam algum tipo de processo alérgico, as evidências também indicam que os adultos estão desenvolvendo processos alérgicos depois da maturidade, principalmente de origem alimentar. Isto se deve a vários motivos: mudanças ambientais, exposição crescente a produtos químicos sintéticos, mudanças de hábitos alimentares, hábitos cosméticos e de higiene, seleção genética de fatores recessivos que tem hoje em dia maior condição de sobrevida, e uma infinidade de outras causas mais sutis. Felizmente as opções terapêuticas também estão evoluindo e a imunoterapia específica tem desempenhado um papel importante neste setor. Mesmo assim, a privação do contato com as substâncias desencadeantes, como alimentos, corantes, perfumes, etc, ainda são recomendações básicas, causando incômodo e certo sofrimento.
Todos os que sofrem com as ‘ites’ alérgicas sabem do que estamos falando: rinites, conjuntivites, otites, sinusites, traqueites, dermatites, enterites, gastrites… A homeopatia pode contribuir bastante para o controle e superação destes quadros alérgicos que, de fato, são um dos principais campos de atuação de seus medicamentos.
Ao contrário dos antialérgicos clássicos, que inibem a formação de anticorpos e retardam a ação do sistema imunológico, o tratamento homeopático visa justamente o contrário, ou seja, o reajustamento do sistema imunológico, a fim de que o mesmo não seja perturbado pelas substâncias e fatores a que antes estava susceptível.
Seguindo pela mesma linha da imunoterapia específica, o tratamento homeopático visa identificar o mais exatamente possível qual é o fator desencadeante do processo alérgico e o que é exatamente este processo alérgico. O passo seguinte, que o diferencia dos outros tratamentos, é a identificação do modo todo particular com o qual o organismo do paciente reage a este fator, levando em consideração suas alterações físicas locais, gerais, anatômicas e funcionais, bem como os reflexos emocionais que são provocados ou que provocam os sintomas indesejáveis.
Por fim, o medicamento escolhido será aquele mais capaz de provocar efeitos idênticos ou os mais semelhantes possíveis ao quadro alérgico pessoal que o paciente apresenta. Graças à forma de preparação do medicamento homeopático, o paciente não apresentará fisiologicamente os efeitos indesejáveis, mas, ao contrário, será submetido a um estímulo específico que provocará suas readaptações e reações imunológicas favoráveis.
Uma possibilidade que amplia muito o potencial do tratamento homeopático é o chamado Isoterápico, que é uma classe de medicamentos que utilizam como matéria prima justamente a substância alérgena que se quer ‘combater’. O efeito é semelhante ao das vacinas convencionais, porém conseguido por mecanismos completamente diferentes, e com a possibilidade de se utilizar praticamente qualquer substância alergênica, sem os efeitos colaterais reacionais das vacinas convencionais.
Com estas possibilidades, temos conseguido minimizar ou eliminar muitos aspectos restritivos que diminuem a qualidade de vida de crianças e adultos, além de contribuir para o controle de danos causados por processos autoimunes de natureza bem mais grave. Alexandre Eduardo W. U. F. Perez – CRM: 86.576 Médico especialista em homeopatia pelo Instituto Homeopático François Lamasson. Titulado pela Associação Médica Brasileira e Associação Médica Homeopática Brasileira. Atende na Clínica Anima e Soma, que fica na Avenida Cascata, 111, telefone (14) 3316-2003