Depois de fechar o estado durante meses e provocar uma gravíssima crise financeira a diversos setores da economia, falências, endividamento e desemprego, tudo para se opor ao presidente Bolsonaro, com quem pretendia polarizar a política e disputar a presidência no ano que vem, agora Doria, em “campanha para reeleição” ao governo, resolve sair do palácio e não se importa mais em ele próprio causar aglomeração, sem respeitar o protocolo de distanciamento que tanto propagou.
Esse péssimo exemplo ocorreu ontem em Marília onde fez um tipo de audiência pública para distribuir migalhas aos 28 municípios presentes. A análise é simples e é a seguinte: Dória se aliou a Bolsonaro para vencer a eleição de governador. Criou o BolsoDoria na maior cara de pau. Como fez de costume, ao trair outros aliados políticos, como Alckmin, apunhalou Bolsonaro pela costas e partiu para o ataque.
Esqueceu de administrar São Paulo e preocupou-se em atacar qualquer ato do governo federal. Porém, a classe política, inclusive “caciques” de seu partido, o PSDB, sabem de suas traições e já o abandonaram a nível federal. Depois disso vem mais um papelão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que nem ficam mais com as caras avermelhadas, e liberaram o presidiário Lula para que ele possa disputar contra o atual presidente.
A patifaria foi tão grande que não respeitaram as decisões do juiz Sérgio Moro, que virou réu ainda, considerado-o tendencioso em suas decisões sobre os roubos comprovados do Lulaladrão e o mar de corrupção que envolveu os governos petistas, como maior escândalo da história da humanidade.
Indicados justamente por Lula e Dilma, em sua maioria, ministros do STF seguiram as ordens do padrinho. Isso, desrespeitando as decisões do Tribunal de Justiça da 2ª. turma do Rio Grande do Sul e depois do STJ, Superior Tribunal de Justiça, sendo que todos confirmaram a decisão de Moro e ainda aumentaram a pena do criminoso Lula.
Aí veio a pancada no traidor Doria. Sem acesso à executiva nacional ainda teve que ouvir de um dos líderes do bando PSDBista, Fernando Henrique Cardoso, de que entre Doria e Lula, votaria em Lula. Aécio Neves, com poder nacional também bateu a porta na cara de Doria e, além de tudo isso, seu nome despencou para a casa de um dígito nas pesquisas eleitorais. Até nas fraudadas pela imprensa amiga dele, aparece às vezes com 7% das intenções de voto para presidente.
Não deve se reeleger
Doria não aprendeu ainda que em política o buraco é mais embaixo. Se engana políticos e o povo apenas uma vez. Ainda quando é tão descarada sua personalidade de querer sempre fazer vôo solo (entendeu Doria?). Desesperado, deve ter pesquisa de que não se reelege nem para governador de São Paulo. Não pode sair na rua mais para fazer campanha, assim como Lula. Faz encontros em locais fechados e sob forte segurança, como ontem em Marília.
E se você olhar pelas fotografias que vamos publicar aqui, fixar bem na expressão dos prefeitos, perceberá claramente que praticamente todos estão de cara fechada e nem um pouco simpáticos a Doria. Isso demonstra que se não for por muito dinheiro, digo, apoio financeiro, não vão ajudá-lo na tentativa de voltar em 2023 ao Bandeirantes. Esse dinheirinho que distribuiu ontem em Marília para os 28 prefeitos não faz nem cócegas. É aviltante aparecer com tão pouco depois de sumir por quase três anos.
Quanto ao eleitor de São Paulo, pode esquecer também. Deve perder até para o Alckmin (se este quiser e sair por outro partido) ou até para o invasor de propriedades particulares – não o Lázaro – mas o Boulos. Olha o vexame. E Doria sabe muito bem disso. Exemplo que
teve que se esconder debaixo do tapete na reeleição do Bruno Covas para a prefeitura da Capital e aparecer somente após sair o resultado da vitória apertada de Covas.
Ter que se esconder para não prejudicar seu apadrinhado político em plena campanha é uma vergonha! Mostra a popularidade do governador. Quem entende um pouco de política sabe que Doria já dançou. Prejudicou muita gente e o povo de São Paulo o odeia. Ficou no meio do caminho, não realizou e, pelo contrario, penalizou o povo e trabalhadores, bem como funcionários públicos e aposentados com impostos e cortes em benefícios adquiridos.
De tanto abrir covas para impressionar com a imprensa sobre o que viria com o Covid, se esqueceu de administrar e cavou sua própria sepultura. E não adianta vir com essa migalha de R$ 185 milhões para toda a região, com cheques feitos em cartazes, que mal vai dar para prefeitos, nem todos, acertarem um pouco com as empreiteiras, como muitos fazem pelo Brasil afora. Outra coisa Doria! Você foi um político que subjugou a sabedoria popular.
Fez muitas maldades ao povo de São Paulo e, de presente, fora todas as crueldades como o projeto do mal e ainda nos presentou com dezenas de pedágios, três só em 120 km de Pompeia a Bauru. Isso em rodovias que estão absolutamente construídas. Quem serão os sortudos escolhidos para ganhar uma parte da fortuna que esses pedágios vão gerar pelos próximos 100 anos? Vai sustentar 100 gerações de pessoas envolvidas.
Há, e você vai ter o troco na tentativa de se reeleger. Acha que os deputados que estão à sua volta nas tetas do Estado vão apoiá-lo? Vão fugir de você como séculos atrás as pessoas fugiam de um leproso. Você é o exemplo do que tudo que um político e até um ser humano não pode ser. Perdeu João!

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Editorial/Análise  –  Em “campanha para reeleição”, Doria faz aglomeração em Marília e reúne 28  municípios para doar pífios R$ 185 milhões