Se engana quem pensa que toxina botulínica, laser e peelings são apenas para rejuvenescer o rosto. Laser íntimo intra e extra vaginal têm se destacado para o tratamento da atrofia vaginal a laser, como surpreendente para melhora da vida sexual, rejuvenescimento íntimo e tratamento da incontinência urinária. A médica Ana Carolina Rocha, professora de cosmiatria desde 2005, doutoranda e palestrante internacional no assunto revela dois pontos interessantes no tratamento: “Muita gente ainda não sabe que existe e o quanto pode mudar a sua vida; já outras, pensam que é voltado apenas para mulheres pós-menopáusicas. Ledo engano”, afirma. Dra. Ana Carolina afirma que na sua prática clínica, as queixas de escape urinário começam entre 35-43 anos, e pacientes desta faixa etária são as que mais realizam o procedimento e explica como ele pode se realizado?
São duas formas principais:
1) apenas na genitália externa, para realizar a laserescultura;
2) para tratamento interno, a fim de melhorar o tônus, a lubrificação e a atrofia da mucosa vaginal (neste caso a melhora é mais funcional, enquanto na outra, é mais estética), e melhorar, ainda, a tonicidade da bexiga (por isso é aclamado no tratamento da incontinência urinária.
“A laserescultura promove melhora estética e permite, tanto retrair excesso de pele (como do capuz clitoriano), quanto volumizar (sem necessariamente preencher) áreas de assimetria e/ou de pele adelgaçada pelo envelhecimento, que ficam com um aspecto de sobra de pele. Assim sendo, assimetrias, hipertrofias, afrouxamento do introito vaginal e outras questões inestéticas como escurecimento da região são eficazmente tratadas com o procedimento, que é ambulatorial, com anestesia injetável”, explica a médica.
O tratamento se dá com a tecnologia de laser CO2 fracionado, mas são utilizados protocolos e ponteiras diferentes para as diferentes finalidades terapêuticas. Dra Ana Carolina conta que, atualmente, já existem várias tecnologias a laser estudadas e disponíveis no mercado para tratamento íntimo no Brasil, tanto para a genitália interna quanto externa, como CO2 fracionado, tecnologia Hifem (High-IntensityFocusedEletromagnetic), que cria um forte campo magnético, melhorando a musculatura do assoalho pélvico, radiofrequência e ultrassom microfocado.
“Cada uma, porém, possui seus benefícios e particularidades, e nenhuma é específica para a melhora estética da genitália externa com importante mudança estrutural sendo observada clinicamente, como a laserescultura”, afirma. Dentro do escopo de tratamento não cirúrgico, para aqueles quadros complexos ou questões de atrofia tecidual importante, o preenchimento entra como um grande aliado na complementação de resultados, e pode ser feito com ácido hialurônico ou bioestimuladores de colágeno. “Há sempre uma solução, a medicina tem avançado para que a saúde e beleza andem sempre juntas”, finaliza.