O médico cirurgião da Santa Casa de Misericórdia de Marília, Eduardo Lemos de Souza Bastos, foi um dos autores de um capítulo no livro “Cirugía Bariátrica y Metabólica – Manejo Interdisciplinario”, publicado este mês pela editora latino-americana Amolca (Colômbia, 2021).
O capítulo que contou com a participação profissional da Santa Casa de Marília, escrito no idioma espanhol, abordou o “Manejo médico, psicológico e nutricional interdisciplinar” no tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. Além de Eduardo Bastos, participaram da autoria deste capítulo os médicos cirurgiões Almino Ramos e Everton Cazzo, a nutricionista Ariane Longo, a psicóloga Isabel Paegle, a fisioterapeuta Juliana Franzotti e o educador físico Marcos Moraes, da Gastro Obeso Center, São Paulo.
“Este capítulo aborda a importância de manejo interdisciplinar no tratamento cirúrgico da obesidade, tanto no pré quanto no pós-operatório. Tratar a obesidade mórbida não é só operar. Múltiplos fatores devem ser observados para aumentar a chance de sucesso no tratamento cirúrgico. Estes múltiplos fatores não podem ser abordados integralmente apenas pelo médico cirurgião. Daí a necessidade de uma equipe treinada e que trabalha em conjunto”, explicou o médico cirurgião bariátrico da Santa Casa de Marília. Conforme Eduardo Bastos, a obesidade é uma doença complexa e multifatorial e, por esta razão, o tratamento deve envolver abordagens de profissionais de diferentes áreas, que devem estar interligadas. “O médico cirurgião realiza a operação. O profissional de nutrição vai orientar o paciente para uma alimentação adequada, o fisioterapeuta vai trabalhar o preparo pulmonar e a recuperação motora, o psicólogo guiar o paciente que será submetido a uma severa restrição alimentar e o educador físico orientar as atividades físicas após a cirurgia”.
Este trabalho conjunto pode ser decisivo para o sucesso da cirurgia bariátrica, principalmente no longo prazo. “Cada profissional faz a sua parte especializada no tratamento. Mas o mais importante é que esta equipe troque informações sobre um mesmo paciente. Esta integração faz toda a diferença para o sucesso no tratamento. No pré-operatório, o paciente é melhor preparado para o procedimento cirúrgico. O trabalho interdisciplinar também facilita a recuperação e a adaptação pós-operatória. E no longo prazo, diminui a chance de recidiva da obesidade e melhora significativamente a qualidade de vida do paciente operado”.