O Museu de Paleontologia recebeu esta semana mais uma importante conquista: um Oculus Quest 3D, com software especialmente desenvolvido para a cidade de Marília, que possibilitará uma imersão através da realidade virtual e aumentada. Uma viagem completa ao passado, no período Cretáceo Superior – há 100,5 milhões e 66 milhões de anos.
A Empresa Sala 33, responsável pelo projeto, na ocasião representada por Gustavo Nunes e Brunno Alexandre, entregou o equipamento aos secretários municipais André Gomes (Cultura) e Nelson Mora (Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico). Os assessores das secretarias envolvidas, Flávia Vieira e Gilberto Rossi Júnior, também acompanharam a entrega.
“A aquisição do Oculus Quest é muito importante, pois insere o Museu de Paleontologia na Era da modernidade tecnológica. O que em primeiro momento parece contraditório, tendo em vista que o acervo do Museu tem milhares de anos, na verdade potencializa a experiência do visitante, que poderá ser projetado para um cenário da Marília pré-histórica”, disse André Gomes.
Em quatro meses de trabalho no Museu de Paleontologia de Marília, a Sala 33 desenvolveu cinco dinossauros (Mariliasuchus, Brasilotitan, Dino Titã de Marília, Adamantinasuchus, Brasilotitan e Abelissauro). Ao todo, 11 profissionais estão envolvidos diretamente – parte deles já criou outros modelos de dinos para a rede de televisão National Geographic.
Para construir os dinossauros que viveram no território de Marília, a equipe utilizou tecnologias de escultura digitais para dar forma e movimento aos animais extintos.
Todo o trabalho foi acompanhado pelo paleontólogo William Nava, coordenador do Museu de Paleontologia de Marília, que orientou os profissionais de tecnologia como era o clima, o ambiente e como se comportavam os dinossauros.
A experiência é semelhante a um jogo de videogame: o jogador é transportado para um cenário que retrata parte da vida pré-histórica. Ele poderá ver e interagir com os dinossauros, além de ter uma noção do tamanho, suas características e acompanhar como eles se comportavam andando, caçando e bebendo água.
Realidade Aumenta ativada através do celular
A Realidade Aumentada será feita através de um aplicativo para a plataforma Android. Foram produzidos cinco QR Codes (Um para cada dinossauro presente na região), que servirão como âncora para a experiência, e que podem ser espalhados por qualquer lugar de Marília.
Quando os QR Codes são filmados pela câmera do celular, os dinossauros vão aparecer virtualmente sobre a âncora correspondente a cada espécie, também será gerado um Painel Virtual com informações sobre cada dinossauro e sobre o Museu de Paleontologia de Marília.
Todas as espécies presentes na experiência em Realidade Virtual do Museu de Paleontologia de Marília poderão ser visualizadas pelo celular, bastando apontar a Câmera para os QR Codes espalhados pela cidade.
Reforma do Museu
A remodelação do Museu de Paleontologia contempla inúmeras melhorias: novas vitrines para o acervo, iluminação adequada, paredes em gesso, ar condicionado, sistema de som, novo visual com adesivos ilustrativos e réplicas de dinossauros, além do óculos de realidade virtual.
“O nosso Museu de Paleontologia é uma das referências de Marília e a sua remodelação se fazia necessária, melhorando todas as instalações para atrair ainda mais visitantes. Agradeço a todos que se empenharam para que essa remodelação se tornasse realidade”, disse o prefeito Daniel Alonso.
O investimento é de aproximadamente R$ 380 mil e foi garantido através de convênio com o Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turístico do Estado de São Paulo), em razão de Marília ter sido classificada em 2019 como Município de Interesse Turístico. É um recurso do governo estadual exclusivamente para ser aplicado na atividade turística das cidades.
“Com essa reforma, o Museu de Paleontologia, que já é referência para todo o estado e o país, receberá ainda mais visitantes, o que beneficia todo o trade turístico, gerando renda e emprego”, disse o secretário municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Nelson Mora.
O Museu, existente há 16 anos, reúne muitos fósseis de dinossauros e tornou-se grande atrativo turístico e cultural, além da enorme contribuição científica para a paleontologia.