Formada em Medicina pela Unimar, Nathália Capputti cursou sua pós-graduação em Dermatologia pelo ISMD. Entre os procedimentos que causam maior repercussão e dúvida atualmente, a médica destaca a harmonização facial. “Na verdade, essa é uma combinação de técnicas com substâncias injetáveis que permitem trabalhar o equilíbrio das estruturas da face. A intenção não é padronizar a beleza, mas sim melhorar as proporções individuais, mantendo as características de cada paciente”, pontua.
Entre as substâncias mais utilizadas na harmonização estão a toxina botulínica, o ácido hialurônico e os bioestimuladores de colágeno.
“A aplicação da toxina causa uma paralisação temporária do músculo, impedindo a contração e, como consequência, a formação das rugas naquele local também. O período médio de ação da substância é de 3 a 5 meses. Não há uma idade ideal para iniciar as aplicações, mas recomenda-se que seja aplicada quando temos os primeiros sinais de formação das rugas dinâmicas, por volta dos 30 anos, buscando evitar que essas rugas se tornem mais profundas e estáticas”, detalha a médica.
“Já o ácido hialurônico é um preenchedor dérmico encontrado na matriz extracelular – ou seja, é uma substância naturalmente produzida pelo corpo humano. Ele é capaz de promover volume, sustentação, hidratação, plasticidade da pele, restauração do contorno facial e melhora os sinais de envelhecimento”.
Nathália explica ainda que há diferença entre os preenchedores, com variedade de concentração, densidade, absorção da água, entre outros critérios. “Por isso a importância de um médico capacitado escolher o produto, pois cada tipo será ideal para uma finalidade e local específicos”. Assim como na toxina, o período de ação do ácido hialurônico varia de acordo com o metabolismo de cada pessoa, podendo ser de 6 meses a 2 anos.
Diferente das outras duas substâncias, os bioestimuladores não possuem efeitos imediatos. A substância é injetada para estimular a produção de colágeno, prevenindo a flacidez, com efeitos na melhora da qualidade da pele. “O colágeno é a proteína mais importante na estruturação da face. Os produtos mais utilizados no Brasil são constituídos a base de ácido polilático (PLLA). Ele atua estimulando os fibroblastos a produzirem colágeno, devolvendo firmeza e sustentação da face de forma gradual, natural e equilibrada”, descreve a médica.
O bioestimulador tem a particularidade de atuar nas três esferas do envelhecimento – estimulação da produção de colágeno, da gordura nos coxins adiposos da face, que são absorvidos naturalmente com o tempo, e promoção da remodelação óssea, que também se degrada com o passar dos anos. “Além desses benefícios, há alguns produtos que possuem também o efeito preenchedor associado”.
Além dos benefícios para a face, o bioestimulador pode ser aplicado em regiões como pescoço, braços, abdômen, glúteos, entre outras áreas que se beneficiem com o incentivo à produção de colágeno.
Os efeitos começam a se tornar perceptíveis por volta de três meses após a aplicação. Em geral, são recomendadas de uma a três sessões, com intervalos de um a dois meses entre elas. De acordo com a idade do paciente, grau de flacidez e motivos do tratamento, é possível realizar apenas uma manutenção anual.
As contraindicações para a harmonização facial são feitas às gestantes, lactantes e pessoas que possuem preenchedores permanentes. Também não são indicadas no caso de haver alguma lesão ativa no local da aplicação. “Todas as técnicas da harmonização são não definitivas, sendo ainda possível reverter a aplicação do ácido hialurônico, se houver algum tipo de arrependimento ou excesso, com o uso da hialuronidase, uma enzima responsável por degradar o produto de forma natural”.
A médica ressalta ainda que as aplicações são procedimentos simples, contudo demandam todo o cuidado de um procedimento médico. “Embora raro, há o risco de complicações – especialmente em decorrência de falta de capacitação, com aplicação em planos inadequados da face. Por isso, é importante realizar os procedimentos com profissional capacitado, com amplo conhecimento de anatomia”.
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