Atualmente, as escolas encontram uma dificuldade paradoxal no que diz respeito ao ensino e educação dos alunos: de um lado ofertar uma grade curricular extensa, mantendo os alunos motivados para tal; e, de outro, uma formação humana, que muitas vezes contempla uma extensão da própria família. Obviamente, é um trabalho longo e extenuante para todas as partes envolvidas (aluno, família e escola) e, para tal, precisamos do máximo de diálogo e compreensão.
No ambiente atual marcado pela intolerância, intransigência e opiniões polarizadas, fomentar o debate e não aparar arestas é fundamental para o desenvolvimento dos alunos, pois com o advento das redes sociais e uma pressão constante para os adolescentes se posicionarem diante de temas extremamente complexos atuais, a idade escolar deve ser de aprendizado.
Conviver e falar sobre diferenças, quaisquer que sejam elas, está no cerne das novas gerações e as escolas como entidades tradicionais não devem nunca se portar como ‘tradicionalistas’, mas sim como meio para evolução destes alunos através da educação humanizada, sempre respeitando o próximo. Nesse contexto, adaptado e atualizado, com foco no aluno, a educação se torna mais inclusiva, motivacional e preparada para as novas interconexões necessárias no ambiente humano.
Envolver a família neste processo também é imprescindível. Com as novas demandas, a escola não deve apenas cobrar participação e postura dos pais, mas sim orientá-los com relação às necessidades e desenvolvimento dos filhos, pois inclusive esta relação entre pais e filhos se alterou.
Nós percebemos a dificuldade de ambos se conectarem de forma eficaz, e neste ponto a escola serve como intermediadora das expectativas dos pais com a realidade dos filhos, gerando um resultado acima da média e colaborando no diálogo e nas relações familiares. Portanto, mais uma vez, a escola se posiciona como um agente orientador para o crescimento de todos os envolvidos.
A escola se tornou um dos últimos redutos de confiança, onde os pais ficam tranquilos e os alunos devem se sentir acolhidos. O conteúdo pedagógico pouco se modifica e pode ser ensinado de algumas formas, mas calor humano não pode ser esquecido nesse processo.
Para nós, do Colégio Interação, mais importa um jovem preparado para a vida e suas reais dificuldades do que apenas o conteúdo ensinado. Nós sempre vamos além!


 
Wagner Mendes é sócio-mantenedor do Colégio Interação

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