A libido – que é o desejo sexual humano – e a forma como ela se manifesta são controladas por diversos fatores, e varia de pessoa para pessoa. Questões psicológicas e culturais têm influência, mas além deles os hormônios também fazem a diferença.
Nos homens e nas mulheres, são hormônios diferentes que determinam a libido. Enquanto no público masculino os níveis de testosterona são o principal indicativo de apetite sexual, no feminino são a progesterona e a testosterona.
Ao falar de desejo sexual, o primeiro pensamento que pode surgir é: “quanto mais, melhor”. Contudo, isso está longe de ser o ideal. Por isso, ao recorrer a tratamentos hormonais para equilibrar a libido, é preciso encontrar um profissional responsável e com bom senso.
De acordo com Dr. Luis Bianchi, endocrinologista da clínica Corporeum, em Brasília, qualquer pessoa que recebe testosterona, progesterona ou outros hormônios derivados podem passar por um processo de hiperssexualização. Ou seja, um aumento artificial e fora do padrão dessa pessoa.
“É possível que ocorra uma desinibição social inadequada em vários níveis, chegando até a comportamentos sexuais bizarros e autodestrutivos, como exposição a doenças sexualmente transmissíveis, relacionamentos extraconjugais e até psicose, com alucinações e sintomas parecidos com os da Esquizofrenia”, explica o médico.
Por mais inocente que possa parecer “turbinar o desejo sexual”, se isso não for feito com cuidado e parcimônia, doses excessivas podem desencadear euforia inconsequente, divórcios e até mesmo aumento de criminalidade nos pacientes.
Por que isso acontece?
Dr. Bianchi afirma que os riscos existem porque, apesar de se tratarem de hormônios, os efeitos são diferentes para os que são produzidos naturalmente pelo organismo e pelos que são introduzidos de forma artificial.
“Aliado a isso existe uma forte tendência ao uso de hormônios como fonte da juventude e de vigor sexual de maneira artificial e padronizada, sem respeitar as características de cada pessoa”, aponta.
Logo, a solução para não passar por esse tipo de problema é estar acompanhado de um médico endocrinologista adequado e com boas referências. “Isso é indispensável para determinar se a causa das alterações de desejo sexual são hormonais ou não e definir um tratamento adequado e seguro”, finaliza.