As variações das temperaturas registradas na região têm influenciado diretamente nos valores das frutas e dos legumes, refletindo no preço final das mercadorias. O preço do tomate, por exemplo, subiu até 100% em Marília.
De acordo com a Ceagesp, a variação climática está atrapalhando os produtores rurais, danificando principalmente as folhas, como alface, rúcula, agrião e couve. A previsão é que a situação permaneça até o fim do ano.
Os efeitos da variação do clima são escassez de parte dos produtos nas gôndolas de supermercado, a venda das mercadorias ofertadas com menor qualidade ou frescor e o aumento dos preços.
A mudança nos produtos comercializados foi sentida pelos clientes finais e até por quem compra no entreposto do Ceasa no Jardim Santa Antonieta, Zona Norte da cidade.
Para o gerente da Ceagesp de Marília, Átila Louzada, a baixa produção tem aumentado o preço final para os consumidores.
“O motivo do aumento dos preços é a variação climática. Isso porque períodos de chuva ou de muita seca aumentam os custos de produção, e essa diferença é repassada para todos os segmentos, tanto para os supermercados como para os consumidores”, explicou.
Conforme a D Marília apurou, uma caixa de tomate, de 20 a 22 quilos, que era vendida entre R$ 60 e R$ 70, hoje está saindo por R$ 100, R$ 110 e até R$ 120. Outros produtos, como batata, pepino e cebola, também encareceram, no entanto, a Ceagesp não divulgou o percentual do aumento na cidade.
Nas principais centrais de abastecimento do Estado de São Paulo, o quilo do tomate, que custava em média R$ 1,80 em outubro, está valendo R$ 6. O pepino também teve uma disparada: de R$ 1,60 para R$ 10 o quilo.
Além da questão do clima, os produtores também aproveitam para aumentar os rendimentos no período de fim do ano, argumentou Átila Louzada.
“Muitas culturas ficam nas produções, não tendo o produto no mercado e quem tem acaba vendendo por um preço mais caro. Não são todos os produtos que possuem estufa para produzir as mercadorias, em especial as folhas, e assim quem produz acaba ditando os preços de mercado. É a lei da oferta e da procura”, concluiu.