O Projeto AgroFloresta teve seu início oficial em Marília nesta quinta-feira, dia 29 de julho, onde os coordenadores da ação, Diego Tramarim, ambientalista e agente da Pastoral da Terra CPT–Marília, e André Luiz de Lima, ativista ambiental, receberam espécies variadas de sementes crioulas, vindas do município de Paulicéia, que produzirão alimentos em meio ao reflorestamento de árvores nativas, frutíferas e melíferas.
Na ocasião, o guardião das sementes crioulas, José Luiz, e o Padre Domingos de Jesus, trouxeram pessoalmente as sementes que marcam o início do projeto socioambiental na cidade.
Esta ação tem apoio da Prefeitura de Marília, que visa promover a sustentabilidade e a segurança e soberania alimentar no município.
O projeto tem por objetivo reflorestar área degradada por queimadas no Jardim Maracá, preenchendo os espaços entre as árvores com culturas agrícolas cultivadas com sementes crioulas, preservadas sem alterações genéticas ou usos de pesticidas.
Segundo o chefe do Meio Ambiente, Cassiano Rodrigues Leite, este é o início de um projeto, que deverá ser replicado em vários pontos da cidade.
“Estamos procurando pessoas que queiram se envolver nas questões ambientais e tenham projetos para trabalharmos em conjunto. A agrofloresta é um apelo mundial, onde cuidamos do meio ambiente e sustentamos famílias ao mesmo tempo. Isso tudo sem uso de agrotóxicos. Não temos mais tempo para esperar o planeta piorar, para agirmos. Este é o momento para desenvolvermos ações que promovam o equilíbrio ambiental na cidade e nesta ação podemos fazê-lo, estabilizando com a produção saudável de alimentos, apoiando àqueles que precisam apenas de um pequeno incentivo para sustentar suas famílias. Desenvolvemos projetos de hortas comunitárias e agora estendemos essa visão para a produção de grãos e raízes que alimentarão diversas famílias, isso tudo melhorando a arborização urbana da cidade.”
O ambientalista Diego Tramarim relata a importância do apoio do poder público para o sucesso do projeto e informa sobre a necessidade da participação popular em ações que beneficiem os menos favorecidos. “Há anos ouvimos falar sobre a urgência em cuidar do meio ambiente e alimentar os mais necessitados. A agrofloresta realiza estas ações simultaneamente e ainda nos permite produzir o próprio alimento com nossos trabalhos. Esta oportunidade oferecida pela Prefeitura de Marília na implantação deste modelo-piloto, nos mostra o quanto a administração vem se empenhando para promover à sustentabilidade no município, e valoriza projetos individuais que buscam soluções simples para problemas socioambientais gigantescos, como estamos observando com a coleta seletiva EcoEstação, com a meliponicultora Doce Futuro, e com o Projeto Plantas e Peixes, que está construindo um grandioso parque sustentável no Jardim Montana 2. Muitas vezes, o que falta é oportunidade àqueles que desejam colaborar com a solução destes problemas, e Marília tem se destacado na receptividade aos moradores que desejam fazer a diferença através da Gestão Participativa. Ficamos felizes pelo apoio do poder público ao nosso projeto, mas a satisfação foi muito maior, ao sabermos que qualquer cidadão pode participar nas melhorias ambientais da cidade, apresentado suas ideias ao poder público, e este, através das secretarias competentes, tem tornado realidade os sonhos idealizados pelos cidadãos que buscam participar das melhorias ambientais no município.”
Participam deste projeto a Prefeitura de Marília, através da Secretaria do Meio Ambiente e de Limpeza Pública, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Secretaria da Educação, Vereador Marcos Rezende, além dos coordenadores Diego Tramarim e André Luiz de Lima.