As crianças e os adolescentes de hoje já nasceram em um mundo conectado na internet. Mas isso não significa que o acesso deva ser ilimitado. Não há como negar a importância da internet atualmente. Por causa dela, temos acesso a informação, educação, comércio, lazer, entretenimento e, principalmente, comunicação.
Nesse contexto, o destaque são as redes sociais. Apesar de todas as vantagens que esses espaços oferecem, também são considerados a face mais perigosa do universo virtual. Isso porque as crianças são colocadas diante de uma tela cheia de possibilidades e informações quando ainda estão desenvolvimento a capacidade de discernir o que é verdadeiro ou falso, bom ou mau. Assim, a rede vira uma porta aberta para diferentes riscos.
Depois da popularização da campanha “Montherhood Challenge”, difundida no Brasil como “Desafio da Maternidade”, corrente online em que mães eram convidadas a postar fotos dos filhos em vários momentos da vida, a polícia da França fez um comunicado oficial dizendo que é compreensível o orgulho que os pais sentem de suas crianças mas, que é preciso ter cautela na divulgação dessas imagens.
De acordo com site americano de cultura e tecnologia The Verge, a polícia francesa se manifestou dessa maneira por três motivos. Dois deles servem de reflexão para pais de qualquer nação: mau uso das imagens, constrangimento posterior e até processos. De acordo com o site, na Europa, filhos ainda podem processar pais, responsáveis pela proteção da sua imagem, por violação de privacidade.
Uma pesquisa divulgada pela London School Of Economics and Political Science, uma em cada três crianças já usa a internet no Brasil. Com o fácil acesso através dos smartphones, cada vez mais acessíveis, está claro que o caminho não é proibir o uso, mas manter um diálogo aberto, saber orientar e tomar medidas que garantam a segurança dos pequenos.
A PSafe, empresa brasileira de segurança digital, listou medidas simples que são capazes de garantir a segurança na hora da navegação e de evitar o roubo de dados pessoais, pedofilia e cyberbulling.
 
Diálogo e explicações: Com acesso a conteúdos muitas vezes úteis para distração ou aprendizado, as redes também podem ser usadas de forma inocente e inadequada pelas crianças. Por isso, de acordo com a empresa, uma das melhores alternativas para evitar os riscos é explicar detalhadamente para que serve a ferramenta, mostrando onde podem ser feitas pesquisas de conteúdo escolar ou jogos e sites que podem ou não serem acessados.
 
Instalação de programas de segurança: Para garantir a segurança de toda a família e manter os dados em sigilo, uma das medidas de segurança mais importantes na internet  é a instalação e atualização de programas antivírus e antiphishings (programas que barram mensagens falsas que podem roubar informações pessoais, fotos e senhas).
 
Redes sociais: Na maioria dos casos, é através das redes sociais que as crianças vão se comunicar com conhecidos e desconhecidos. Por isso, a melhor opção é, além de também criar perfis, explicar para que serve cada ferramenta e como ela deve ser usada, além de mostrar os riscos de compartilhamentos indevidos. Outro aspecto importante é estabelecer vínculos de confiança para que eles possam, em casos de cyberbulling, assédio ou perseguição, recorrer à pessoa certa – os pais ou responsáveis.
 
Camila de Toledo Spadotto é CEO da Agência Spadotto Marketing desde de 2013 e colabora também como palestrante e consultora digital.

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