Neste 27 de setembro (sexta-feira), Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, a Santa Casa de Misericórdia de Marília realiza o Pedágio pela Vida, nas proximidades do relógio de ponto. O objetivo é informar os colaboradores, pacientes e acompanhantes deles sobre a importância de avisar os seus familiares quanto à vontade de ser doador de órgãos.
 
Fitas verdes, folhetos e doces em forma de coração com mensagem referente à Campanha Nacional de Doação de Órgãos, o Setembro Verde, estarão sendo entregues aos participantes do Pedágio pela Vida em três horários diferentes (das 6h às 7h, das 12h às 13h e das 18h às 19h).
 
“Mais de 30 mil brasileiros aguardam por transplante. O sistema de doação hoje não exige que sejam inseridas informações no documento. Basta a pessoa avisar a família que quer ser doadora e o foco da nossa campanha é exatamente este”, enfatizou a enfermeira coordenadora da Cihdott (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante), Marisa Regina Stradioto.
 
No dia 29 de setembro (domingo), a partir das 9h, na avenida das Esmeraldas, acontece a 2a Caminhada pela Vida. Diversas atrações estão previstas para o dia do evento de promoção do Setembro Verde, como a cadela co-terapeuta Golden Retriever, Minnei, os Super-Heróis e o sorteio de ingressos para o show da dupla sertaneja Edson & Hudson. Trio elétrico vai chamar a atenção das pessoas para a importância do ato que salva vidas, no percurso que vai da Praça da Emdurb até a academia Polysport. Água e frutas serão entregues aos participantes.
 
Ao final da caminhada, show com os Amigos do Pagode vai acontecer em tenda montada na Praça da Emdurb.
 
A campanha
 
Neste mês de setembro o prédio da Santa Casa recebe iluminação verde em alusão à campanha de doação de órgãos. Palestras, visitas a escolas e outras instituições também aconteceram para informar sobre a importância da doação de órgãos.
 
Nova palestra sobre o tema do Setembro Verde será realizada no dia 30 de setembro (Segunda-feira), às 19h, com a  enfermeira da Cihdott da Santa Casa de Marília, Micaele Cardoso.
 
Cihdott da Santa Casa de Marília
 
A criação da Cihdott (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) na Santa Casa de Marília atendeu a Portaria nº 905 do Ministério da Saúde, de 16 de agosto de 2000, que determinou a composição das referidas comissões em todos os hospitais públicos, privados e filantrópicos do País.
 
A Cihdott é formada por equipe multiprofissional da área de saúde e tem como objetivo organizar, no âmbito da instituição, rotinas e protocolos que possibilitem o processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes.
 
Em 2015, a Cihdott da Santa Casa de Marília passou por uma reestruturação. Grupo de enfermeiras passou por capacitação técnica e iniciou o processo de enucleação – retirada do globo ocular para a captação de córneas, além de um trabalho mais intenso junto à Central de Transplantes de Órgãos.
 
Total de 25 órgãos (coração, rins, fígados, pulmões e córneas) foram captados com o auxílio da Cihdott na Santa Casa de Marília em 2018. Nos primeiros oito meses de 2019, o hospital já realizou 13 captações (fígado, pulmões, rins e córneas).
 
Serviço de Hemodiálise e Diálise
 
Referência regional em terapia renal substitutiva, a Santa Casa de Marília realiza média de 2.500 sessões de hemodiálise por mês e aproximadamente 100 pacientes passam por diálise peritonial na unidade hospitalar, sendo que 39 pacientes em hemodiálise e 18 pacientes em diálise peritonial aguardam por transplantes renais.
 
Transplantes renais
 
A Santa Casa de Marília realiza transplantes renais há 37 anos e é o quinto maior centro deste tipo de procedimento no Estado de São Paulo. De janeiro a julho deste ano, o hospital já realizou 17 transplantes de rim (todos de doadores falecidos). Em 2018, 20 transplantes de rins foram feitos pelo setor de Nefrologia do hospital mariliense.
 
A dona de casa, Raquel Lima Dias de Jesus, de 35 anos, fez o transplante renal em junho deste ano e desde então a vida dela mudou para melhor. “Sou de Adamantina. Fiquei oito anos fazendo hemodiálise na Santa Casa de Marília, após uma atrofia nos dois rins por causa de uma infecção de urina. Tinha muita falta de ar, mas graças a Deus isso acabou. Posso beber água, comer carne vermelha. Enfim, agora vou poder conhecer o mar”.
 
Já a estudante Jéssica da Silva Barbosa, de 18 anos, fez diálise peritonial por cinco anos na Santa Casa de Marília e há oito meses recebeu dois rins. “Sempre fui muito bem atendida aqui no hospital. Sou muito grata a toda equipe. Hoje posso ficar mais no sol, comer de tudo, inclusive enroladinho de presunto e queijo, que eu adoro e também beber mais água”.
 
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