O Governo de São Paulo, por meio do Plano São Paulo, anunciou o retorno às aulas presenciais a partir do dia 2 de agosto. A iniciativa foi apresentada após a antecipação da imunização dos profissionais da educação, bem como do calendário vacinal de boa parte da população do Estado, e prevê a volta total dos alunos, sem percentual limite para a capacidade. O cenário, no entanto, ainda gera preocupação em muitos pais, que temem pelo aumento do risco de contágio aos filhos, especialmente quando se trata dos alunos mais novos. Em Maríçlia está prevista a volta em 16 de agosto, com a possível irresponsabilidade do prefeito Daniel Alonso se não providenciar máscaras e face shields a alunos e professores. Se Alonso não fizer isso, ele vai proporcionar a morte de centenas de pessoas por covid-19.
Uma das principais recomendações adotadas durante toda a pandemia permanece: o distanciamento físico. Mesmo sem limitar a quantidade de alunos em sala de aula, a orientação é que crianças e adolescentes cumpram a distância de pelo menos 1 metro.
Além disso, todas as demais regras sanitárias, como uso de máscara de proteção, continuam sendo válidas e precisam ser respeitadas pelos estudantes e pelos profissionais de ensino. Vale ressaltar que as atividades presenciais continuam não sendo obrigatórias e os alunos podem seguir fazendo apenas as aulas remotas.
A seguir, a otorrinolaringologista Leila Tamiso, do Hospital Paulista, esclarece as principais dúvidas de pais e educadores para aqueles que optem por retornar ao convívio escolar presencial.

Que cuidados os pais devem observar neste retorno às aulas? Quais materiais não devem ser compartilhados, por exemplo?
Os pais e responsáveis devem ter o cuidado em orientar bem as crianças e adolescentes não apenas para o uso do álcool em gel nas mãos, mas também para que não se esqueçam de trocar as máscaras no tempo correto e não compartilhem nenhum tipo de material com o colega. Além disso, é necessário reforçar com os filhos para que retirem o equipamento de proteção apenas em ambiente arejado e somente na hora do lanche ou da troca

Obviamente, nenhum material deve ser compartilhado. Cada aluno deve ter o seu material próprio, que não deve ser dividido, assim como outros objetos, evitando o contato indireto entre os estudantes.

No caso de irmãos em idade escolar distinta, se um deles contrai algo na escola, o que não deve ser compartilhado de jeito nenhum em casa?
Além dos itens escolares, esses irmãos não devem dividir copos, talheres, toalhas e roupas. Recomenda-se também não ficarem muito próximos e, principalmente, não compartilharem a máscara.

Além da Covid-19, que outras doenças são geralmente transmitidas por crianças em idade escolar?
Há várias e, geralmente, a transmissão ocorre via oral e pelas mãos. Entre as mais frequentes estão estomatite, infecção de garganta – tanto a viral quanto a bacteriana -, caxumba, catapora, gripe, resfriado e diarreia.
Nos casos de caxumba e catapora, importante frisar que a contaminação pode ser evitada a partir da imunização através de vacina. Para a gripe, também temos à disposição o imunizante contra influenza, além de medidas básicas de higiene, como a lavagem frequente e correta das mãos, que funcionam para evitar diversas doenças.

Caso a criança apresente sintomas da Covid-19, qual protocolo os pais devem seguir?
O ideal é que os pais testem a criança que apresentar sintomas para confirmar ou eliminar o diagnóstico de Covid-19, já que estes sintomas são bastante parecidos com os de gripe e resfriado.
Caso a criança teste negativo para Covid-19, mas esteja gripada, ainda assim a recomendação é mantê-la em casa, sem frequentar a escola, festinhas ou encontros de amigos, no intuito de evitar a transmissão do vírus influenza. E, para a recuperação, pode ser administrado um antigripal líquido, que ajudará a aliviar febre, coriza e dores na garganta e no corpo, além de melhorar a imunidade neste momento de indisposição.

Que orientações daria para os professores e profissionais de educação que lidarão com dezenas de crianças ao mesmo tempo neste retorno? Quais são os principais cuidados?
O uso do face shield em cima da máscara tradicional é uma boa estratégia para ampliar a proteção, além do cumprimento do distanciamento seguro. Também será necessário dedicar esforço para que não haja manipulação de nenhum material dos alunos, deixando cadernos e todos os outros itens escolares com cada um deles, sem levar nada para casa para correção.
Os educadores devem ficar atentos ainda para evitar o compartilhamento de objetos entre as crianças e adolescentes no ambiente escolar, além do uso do álcool em gel nas mãos constantemente, já que haverá toque constante nas portas, maçanetas e corrimãos.
Importante também promover a correta ventilação das salas de aula, mantendo portas e janelas abertas para melhorar a circulação do ar, e orientar a troca de máscaras a cada três horas ou após o lanche/intervalo.

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Veja os cuidados para o retorno presencial às escolas e necessidade de face shields sobre as máscaras
O uso do face shield em cima da máscara tradicional é uma boa estratégia para ampliar a proteção, além do cumprimento do distanciamento seguro. Também será necessário dedicar esforço para que não haja manipulação de nenhum material dos alunos, deixando cadernos e todos os outros itens escolares com cada um deles, sem levar nada para casa para correção