“As -nossas- CRUZES”
Quem de nós NÃO as teve/tem/terá ?
As “dificuldades“, “doenças“, “problemas“, “angústias“, “acidentes“, “mortes de pessoas queridas”, “enganos“, “trapaças“, “cabeçadas“, “inseguranças“, “aflições“, etc, etc, etc … , acaso não seriam “CRUZES” nossas ?
O fato é : mais cedo, ou mais tarde, elas aparecerão, basta viver para vê-las/tê-las …
O que “muda” são somente os “TAMANHOS” e os “PESOS” porém, em maior ou menor grau/intensidade, SEMPRE estarão presentes.
Muitas das vezes, poderemos até ter a sensação que nossas vidas transformaram-se em verdadeiras “CRUZES” que temos a carregar.
Pior, quantas destas vezes temos a sensação que chegamos ao fim de nossas forças ?
Sem dúvida, a “CRUZ(es)” é(são) uma REALIDADE em cada vida humana !
Será que alguém já “escapou/escapa/escapará” dela(s) ?
Nestas horas parecem interessantes, para refletirmos, os ensinamentos do Padre e escritor belga Phill Bosmans (1922-2012) :
“NÃO temos muitas escolhas, ou CARREGAMOS nossas “Cruzes”, ou DEIXAMOS que elas nos ESMAGUEM !
Mas, nós SOMENTE conseguiremos CARREGAR nossas “Cruzes”, se aprendermos a ENXERGAR o SENTIDO e a MISSÃO delas …
Quando ENTENDERMOS que elas nos RECONDUZIRÃO à VERDADE, à COMPREENSAO de que somos fracos, pobres e vulneráveis …
Assim sendo, nossas “Cruzes” nos LIBERTARÃO das ameaças que tentam nos sufocar.
Importante é lembrar que, muitas vezes, NÃO seremos libertos do sofrimento, mas sim da “insensatez do sofrimento”, o que nos tornará, outra vez, senhores de nós mesmos …”
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No mundo cristão, a “CRUZ” é o PRINCIPAL símbolo. Nela, segundo os textos bíblicos, ocorreu a “morte física” de Jesus Cristo, e também o início do processo da Sua ressurreição. Sobre isto, e para continuarmos meditando sobre o assunto, aí vão 10 FRASES do Mestre, enquanto acontecia a Sua morte “de CRUZ“, e suas interpretações pelos hermeneutas e exegetas :
1) “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”(Lc 23:24)
(Jesus demonstra seu AMOR e COMPAIXÃO por NÓS);
2) “Em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso.”(Lc 23:43)
(Jesus declara clara e objetivamente, a EFICÁCIA de sua “Obra na Cruz“, ao prometer a um ladrão que, no mesmo dia, ele seria recebido na presença de Deus);
3) “Mulher eis aqui o teu filho”, e ao discípulo: “Eis aí a tua mãe”(Jo 19:26,27)
(Esta frase mostra a PREOCUPAÇÃO de Jesus por SUA MÃE na hora de sua morte, refletindo uma demonstração de humanidade)
4) “Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste?”(Mt 227:46; Mc 15:34)
(Esta frase expressa a Sua humanidade, e todo o abandono que experimentou “na Cruz”, por causa de NOSSOS pecados)
5) “Tenho sede”(Jo 19:28)
(Em duas palavras percebemos, novamente, a HUMANIDADE de Jesus e, ao mesmo tempo, sua DIVINDADE)
6) “Está consumado”(Jo 19:30)
(Declara explicitamente que NÃO há mais nada a ser feito)
7) “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.”(Lc 23:46)
(É a expressão de que Deus havia recebido o sacrifício de Jesus, pela EXPIAÇÃO dos NOSSOS pecados)
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Após a morte de Jesus, os Discípulos dos primeiros séculos da era cristã, tentavam seguí-lo e imitá-lo em tudo. Muitos deles também foram “crucificados”. À época, era uma forma de demonstrarem fé e fidelidade ao Mestre. São Pedro, por exemplo, contam os exegetas que morreu crucificado e “de cabeça para baixo A SEU PEDIDO“, pois não se achava dígno de morrer da mesma forma que Jesus…
Sem anacronismos, parece lógico, nos dias de hoje, pensarmos que NÃO ha necessidade de “morrermos crucificados” para demonstrarmos fidelidade ao Mestre. Pelo contrário, pela sua história, certamente nos quer “MUITO VIVOS“, para que posssamos cada vez mais PRATICARMOS todos os seus ensinamentos. Aí é que entram as “CRUZES” transitando em NOSSAS vidas.
Que todos nós as ENXERGUEMOS, CARREGUEMOS, COMPREENDAMOS, e que elas também, ao invés de nos ESMAGAR, nos LIBERTEM de todas as AMEAÇAS que tentam nos ASFIXIAR !
Ótima semana !
João Evaristo e família
