Os entendidos dizem que basicamente são 3 as possibilidades que temos para “crescermos” :
1) por nossas próprias forças (a forma mais rara e difícil);
2) pelo “sofrimento” (a mais comum);
3) pelos exemplos de “outros” seres humanos.
Particularmente, admiro muito os seres humanos que, em vida, inicialmente foram pessoas comuns, com todas as imperfeições e defeitos próprios da nossa raça, e que, com os passar das décadas transformaram-se em “exemplos a seguir” por suas CONDUTAS, tornando-se REFERÊNCIAS de comportamentos, e também de “CRESCIMENTOS”, no melhor sentido da palavra “Crescer”.
Um destes foi (ou é ?) Paulo de Tarso (5d.C – 67d.C.), cujo nome original provavelmente era Saul ou Saulo.
Judeu, provavelmente até a terceira década de vida “NÃO” era um Cristão. Pelo contrário, sua atividade era dedicada à PERSEGUIÇÃO aos primeiros Discípulos de Jesus, na região de Jerusalém.
Contam os “Crentes” que, certa vez, dirigindo-se a cavalo de Jerusalém para Damasco (provavelmente onde seria a Síria), Paulo teve uma experiência mística. Uma “voz” vinda do “céu” disse-lhe: “Saul, Saul, porque me persegues ?”
Dizem que, neste instante, Paulo literalmente “caiu do cavalo”, machucando-se.
A partir dali, asseveram que ele TORNOU-SE um Cristão.
(Depois dele, esta simbologia sobre “cair do cavalo” parece continuar “perseguindo” a humanidade …
Quantos de nós, alguns até por muitas vezes, não precisamos simbolicamente “CAIR do CAVALO”, e aprendermos com as lições que a vida nos oferece, e crescermos …?).
Daí prá frente, sem dúvida alguma, Paulo foi um dos Ícones MAIS IMPORTANTES para o Cristianismo nascente, e também para TODA a “Teoria Religiosa”.
Suas “Cartas” (também chamadas “Epístolas”), apesar de, no Novo Testamento da Bíblia Cristã, estarem em disposição tipográfica APÓS os 4 Evangelhos, afirmam muitos hermeneutas e exegetas, que foram escritas ANTES dos Evangelho, algumas talvez décadas antes.
Tamanha foi sua importância que vários estudiosos asseveram que estas “Epístolas” serviram de BASE para a confecção dos Evangelhos.
Foi, em sua época, “APÓS a QUEDA do CAVALO”, um dos mais proeminentes líderes do cristianismo nascente.
É, e continuará sendo, um dos maiores “pensadores” de toda a história da Teologia, consequentemente, da Filosofia e também da Religião.
Suas Cartas (Epístolas) para as comunidades em Corinto, Filipo e Tessalonia serviram (e CONTINUAM SERVINDO) como verdadeiras NORMAS e REGRAS a seguir. Verdadeiros “Manuais de Condutas humanas”, tanto do ponto de vista religioso, como também do NÃO religioso.
TENDO ou NÃO tendo “postura religiosa”, CRENDO ou NÃO Crendo, muitos destes “Conselhos” parecem ser MUITO IMPORTANTES, independentemente de sentido religioso, após 2.000 anos.
Aí vai 1 deles, escrito para a Comunidade da cidade de Corinto, na Grécia :
“TODAS as coisas me são LÍCITAS, mas NEM todas as coisas me convém.
Todas as coisas me são lícitas, mas eu NÃO me deixarei DOMINAR por nenhuma.”
(1 Coríntios 6:12)
Texto MUITO atual, simples e direto (como tudo o que é genial), lembra que, apesar de sermos portadores de “Livre Arbítrio”, podendo (ao menos teoricamente) “FAZERMOS TUDO” o que quisermos, e, apesar desta situação ser bastante comum nos dias de hoje, temos que ter “BOM SENSO”, “CARÁTER REFLEXIVO” e noções de “DISCERNIMENTO”, para, aí sim, praticarmos o que é devidamente ÉTICO.

Nestas horas vale lembrar o que os Crentes dizem ser “outro EXEMPLO a seguir”, Teresa de Lisieux (1873-1897).
Esta comparava o que chamava de “Céu” (lugar onde almejava passar a eternidade), a um “IMENSO JARDIM”.
Neste, ALGUMAS pessoas seriam “Verdadeiras Florestas” (São Paulo por exemplo),
OUTRAS “Árvores Frondosas”,
MUITAS “pequenos Arbustos”, “graminhas”, e assim por diante … CRENDO ou NÃO crendo, COM ou SEM sentido religioso, mas, com “os pés no chão”, e sabendo da(s) IMENSAS dificuldade(s) para chegarmos ao “nível” do judeu Paulo de Tarso (do séc I d.C.), , que ao menos nós consigamos ter “VONTADE” e “FORÇA” para que, ao menos um dia, consigamos fazer parte (mesmo que seja uma “PEQUENA GRAMINHA”)
deste imenso “Jardim”, onde quer que ele esteja …
Ótima Semana !
João Evaristo e família