Aí vão umas sobre “Agnosticismo”, “Apateísmo”, “Ateísmo” e “Crenças/Teísmo”, para nossas reflexões …
“AGNOSTICISMO”
Do grego “gnosis”, tem significado de “CONHECIMENTO” que, no sentido espiritual seria relativo a “consciência“, “percepção“.
–A–gnosis portanto, representaria o “NÃO conhecimento”.
São indivíduos que NÃO acreditam, NEM negam a existência de qual(is)quer “divindade(s)”.
“APATEÍSMO”
Também conhecido como “Ateísmo APÁTICO” ou “Ateísmo PRAGMÁTICO”.
São indivíduos com total APATIA, ou INDIFERENÇA em relação à(s) divindade(s).
“ATEÍSMO”
(A= não / Teísmo= Deus).
Num sentido amplo, são indivíduos que NÃO tem crença na existência de qual(is)quer divindade(s).
“CRENTES NÃO RELIGIOSOS“
Afirmam NÃO serem religiosos, mas, acreditam em alguma coisa:“divindade”, “poder superior”, “força espiritual” …
Juntando-se a tantas opções, também aparece uma denominada “ATEÍSMO RELIGIOSO“.
Arthur Schopenhauer (22/02/1788 – 21/09/1860), filósofo alemão, foi um exemplo.
Considerado filósofo “do pessimismo” e “das vontades”, pregava que, devido o desejo dos humanos de “sempre quererem mais”, a(s) “vontade(s)” leva(m) ao sofrimento humano. Defendia que na(s)“vontade(s)” estava a fonte do nosso sofrimento.
Procurava como forma de libertação dessas “vontades”, conciliar seu ateísmo com pensamentos/ensinamentos, principalmente budistas, mas também cristãos e hindus, quando estes ensinavam caminhos para sermos “despojados de vontades”, de “sempre querermos mais”, etc …
Hoje, muitas pessoas MOLDAM as Religiões, conforme SEUS interesses, escolhendoqual a(s) que mais lhe convém(vêm), no que poderia, segundo alerta o historiador e ATEU, Leandro Karnal, “ser considerada também uma forma de Ateísmo Religioso”.
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E nós, escolhemos “ACREDITAR” ou “NÃOAcreditar” ?
“CRER” ou “NÃOCrer” ?
Para tal decisão, temos que em sua origem, a palavra “ACREDITAR” deriva do latim “creditum”, com sentido de :
– “crença”;
– “aceitar como real”;
– “convencer-se da existência de alguma coisa” …
À luz da “razão”, para podermos “ACREDITAR” em alguma coisa, temos obrigatoriamente que “COMPREENDER” aquilo em que acreditaremos.
É fato que, mesmo para “crentes”, Deus NÃO pode ser COMPREENSÍVEL (ao menos pela razão humana).
É o eternodilema “Fides et Ratio” (“Fé e Razão”).
O brilhante Agostinho de Hipona, popular Santo Agostinho (13/11/354-28/98/430d.C) asseverava sobre o tema :
“É necessário crer para compreender”.
Na mesma linha, ao redor de 600/650 anos depois, Anselmo de Cantuária, o Santo Anselmo (1035 ?- 21/04/1109d.C.), escreveu :
“Não busco compreender para crer, mas creio para compreender. Por isso creio, porque, SE NÃO CRESSE, JAMAIS COMPREENDERIA.”
Os 2, se pensarmos com racionalidade, quando o assunto é o Divino, “inverterama ordem das coisas”.
Realmente, NÃO é fácil !
Será que não seria melhor, deixarmos de focar na frase “Você ACREDITA em Deus ?”, e, ao INVÉS dela, perguntássemos:
“Você SENTE Deus?”.
Será que não seria mais apropriado utilizarmos o verbo SENTIR ? Afinal, “SENTIR” deriva do latim “Sentimentum”, com significado de “Sentimento”, “Afeição”.
Dilemas hermenêuticos e filológicos à parte, dá a sensação que o MAISIMPORTANTE seria, ao invés de ficarmos alardeando,
“ACREDITAR”, que, verdadeiramente, “SENTÍSSEMOS” o Sagrado, mesmo porque, segundo aprendi by RenaMDB,
“Somos também regidos pelas emoções e sentimentos, mas precisamos racionalizar para nos sentirmos seguros”.
Afinal, a rigor, na interpretação da palavra :
– Jesus Cristo NÃO era “Cristão” (os Cristãos vieram depois dele);
– Shakiamuni Buda NÃO era “Budista” (os Budistas vieram depois dele);
– Krishna NÃO era “Valshnava” (os Vixenuitas vieram depois dele).
Porém, TODOS, SEM EXCEÇÕES, ANTES das Religiões que fundaram, SEMPRE pregaram o “Amor” e as VERDADEIRAS “Alteridade”, “Paz”, “Partilha”, … !
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Cada qual com suas escolhas, mas, parece ser uma boa conseguirmos “SENTIR” !
Que todos nós, cada um a seu modo, consigamos pensar e escolher …
Ótima semana !
João Evaristo e Família