Semana passada mandei considerações sobre as palavras “ÚTIL”, “INÚTIL”.

Hoje ACRESCENTAREI mais outras palavras : “FELIZ/FELICIDADE” e “AUTOESTIMA”.

Destrinchando a palavra tão em moda “AUTOESTIMA”:

–  “AUTO” – é um prefixo de origem grega, que significa  “a si próprio”, “a si mesmo“; – “ESTIMA” – deriva, como forma regressiva do verbo “estimar”, do latim “aestimare”, e tem sentido de “avaliar”, “calcular”. “AUTOESTIMA” portanto, é a qualidade de quem :- “se valoriza”;- “está satisfeito com SEU modo de ser, de pensar, com SUA aparência física”;- “expressa confiança em SUAS ações e opiniões”(Fontes: Dicionário On Line de Português / Portal Esafaz) Também muito importante na Sociedade de Humanos, a palavra “FELIZ” vem do latim “Felix”, de um verbo grego “Phyo”, com sentido de  “produzir”, com conotação de “fecundo”.Também vem do latim “Alacritas”, de “Alacer”, com sentido de “ânimo levecontente”.(Fonte origemdapalavra.com.br) O significado de “FELIZ”, é:- “que está muito contente”;-“se sente afortunado”;- “muito satisfeito”;- “alegre”;- “pleno”;- “satisfeito”;- “equilíbrado física e psíquicamente”;- “que tem prazer”;- “bemestar”;- “paz interior”.  Concluindo, “Feliz/Felicidade” estão ligados ao “CULTO do INDIVÍDUO”, à “AUTO-ESTIMA” e à  “QUALIDADE de VIDA”. 

Ainda na semana passada mandei o que apregoa, sobre elas, o filósofo Clóvis de Barros Filho, ao interpretar Schopenhauer:
– no ÚTIL, a utilidade das coisas está “FORA” delas;
– o INÚTIL, na verdade representa qualquer coisa que NÃO é ÚTIL a outra coisa;
– no(a) FELIZ/FELICIDADE, a felicidade é COMPLETAMENTE  “inútil”, porque ela vale POR ELA MESMA;
– a AUTOESTIMA, é a qualidade de quem “SE VALORIZA”, está SATISFEITO com seu modo de ser e de pensar.

                                                                                           *

No VÍDEO, parece que as “dimensões” das PALAVRAS que analisamos são reinterpretadas, e acrescidas de uma “outra palavra” : AMOR.



Esta (“Amor”) parece, segundo o Vídeo apresentado, estar direta e intimamente ligada (“POSITIVAMENTE“) ao propósito da palavra “ÚTIL”, mesmo que o VALOR  das coisas, na palavra “Útil”, NÃO esteja nela mesma.

O mesmo acontece também com as palavras “FELIZ/FELICIDADE”, que, por definição, segundo o filósofo Schopenhauer, são COMPLETAMENTE “Inúteis”.

                                                                                             *

Sobre o tema, algumas considerações religiosas parecem ser interessantes. Aí vão elas.

1) O Evangelista João, no Capítulo 12, Versículos 24 a 26, escreveu o que o Mestre ensinou sobre o tema:
“Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só…”

O que Jesus quis dizer com isso é que:
– quanto mais nos POUPAMOSmais nos PERDEMOS;
– quanto mais nos ENTREGAMOS, mais GANHAMOS.

Esta é, segundo Ele, a filosofia de um cristão exemplar.

2) sobre o mesmo assunto também discorre o Monge Beneditino alemão Anselm Grün, nos 5 parágrafos a seguir :
– “Não acusarei o outro de não poder oferecer firmeza e amor absolutos.
Desse modo posso desfrutar da relação e, ao mesmo tempo relativizá-la.”;

– “Certamente, alguma vez, já nos apaixonamos (no mais amplo sentido da palavra “apaixonar”). Ficamos superfelizes quando nosso amor foi correspondido.”;

– “Outras vezes, sofremos ao descobrir que estávamos apaixonados(as) pelo outro(a), mas não fomos correspondidos. Na verdade, o amor que sentíamos naquela ocasião era o NOSSO próprio amor. NOS PERTENCIA ! Mesmo NÃO correspondido, era NOSSONINGUÉM poderia tirá-lo de nós !
Isto demonstra claramente que somos capazes de amar, e que o amor traz um NOVO SABOR à vida.”;

3) vale também analisar o que o Padre João Carlos Ribeiro ensina :
“Nossa atual vida em sociedade alimenta em nós um GRANDE INDIVIDUALISMO e uma acirrada COMPETIÇÃO com os outros. Custa-nos MUITO o sentido comunitário …
NÃO querer ser o maior, querer ser o irmão …
A prioridade deve ser o mais frágil, o vulnerável …
O fechamento em si faz naufragar TODO tipo de projeto, quer seja familiar, comunitário e social.”.

                                                                                                *

Com este ensinamentos percebemos que, sendo “ÚTEIS”, mesmo que semanticamente no “Útil” o VALOR das coisas esteja “FORA DELAS”, poderemos também NOS VALORIZARMOSalcançarmos a “FELICIDADE”, sermos “FELIZES”, e, consequentemente melhorarmos nossa “AUTOESTIMA”.

Já que os nossos corações podem BATER por “mil motivos“, não seria interessante deixarmos aberta a opção para eles também “BATEREM por AMOR” ?

Ótima semana !
João Evaristo e família

Compartilhar matéria no
“Por qual motivo BATE seu coração ?” Veja na Coluna de João Evaristo