“REZAR”  e  “ORAR” são a mesma coisa?


REZAR”, deriva do latim “RECITARE” (“CITARE”=citarconclamar / “RE”=de novo), com sentido de “citar novamente”, “recitar”, “conclamar”.
Ler ou dizer em voz alta.
É relacionado a “algo que JÁ FOI ESCRITO”, ou “que já existia”.
Sempre com sentido de “súplica” ou “prece”.

ORAR”, por sua vez, deriva do latim “ORARE”, de “OS”(boca) e “OR”(pronunciar), com sentido de “falar”, “discursar”.

Apesar de, filologicamente serem diferentes, no sentido religioso/espiritual os 2 termos podem misturar-se. Um exemplo é a “AVE MARIA”, a “ORAÇÃO” Mariana mais conhecida, e “REZADA” diariamente no mundo por centenas de milhões (talvez mais de 1 bilhão ?) de católicos.

Na época medieval era conhecida como “Saudação Angelical”. Evoluiu com o tempo, e hoje é composta por 2 partes: a primeira de “louvor” e a segunda de “súplica”.

A “primeira parte” foi retirada do Evangelho de Lucas, e é baseada na saudação do Anjo Gabriel a Maria: “Alegra-te cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1,28b); e também na saudação de Isabel a Maria: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1,42b).

Antes usada somente nas Liturgias, provavelmente tornou-se “ORAÇÃO Popular” nos Mosteiros, a partir do ano 1.000d.C, sendo provavelmente difundida a partir do século XIII.

Historicamente, tem-se conhecimento do Sermão realizado por S. Bernardino de Siena(8/9/1380 – 20/5/1444) que, ao comentar a “Ave Maria”, disse que, ao final desta se poderia acrescentar “Santa Maria, rogai por nós pecadores”.

Ainda no historial, a partir do século XV acrescentou-se a “segunda parte”:
“Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.”

Vale lembrar ambém que, foi nesta época que acrescentou-se o nome “Jesus”, no final da “primeira parte”.

Esta “fórmula” foi difundida lentamente, sendo publicada no Breviário, por ordem do Papa Pio V, no ano de 1568.

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Historicamente, o termo “REZAR” é mais usado por cristãos ditos “Católicos”.
Já, o termo “ORAR” além de também ser usado pelos cristãos Católicos, é muito difundido pelos cristãos Evangélicos, tanto os “Históricos”, quanto os “Pentecostais”, “Neo Pentecostais”, etc …

Conforme ensina o monge beneditino alemão Anselm Grün, “a ORAÇÃO é ENCONTRO constituído de FRASES e LUGARES.
ENCONTRARSE consigo mesmo (nosso eu, nossos sentimentosbem estarvalores …), com Deus, com o silêncio e com o diálogo.

A fonte Wikipedia “mistura” as palavras “ORAÇÃO” e “REZAR” quando nela pesquisamos o nome “rezar“. Afirma que “ORAÇÃO é um ato religioso que visa ativar uma ligação, uma conversa, um pedido, um agradecimento, uma manifestação de reconhecimento ou, ainda, um ato de louvor diante de um ser transcendente ou divino”. E continua, na mesma pesquisa, “O ato de REZAR é algo totalmente pessoal e que deve ter como objetivo principal um foco no encontrar a gratidão e a paz pessoal. Quando REZAMOS é essencial termos como objetivo fazer desta ORAÇÃO uma fonte de atrair boas energias e ser grato pela vida.”

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Se, ORANDO ou REZANDO, podemos ter o poder de ir ALÉM das palavras, e de até TRANSFORMARMOS nossas vidas, parece NÃO haver mal algum em ORAR ou REZAR, desde que percebamos que o RESULTADO FINAL, tanto da ORAÇÃO, quanto da REZA, será O MESMO, afinal :
– “Se a palavra tem poder, imagine a ORAÇÃO.” (autor desconhecido);
– “Quem não conhece o poder da ORAÇÃO é porque não viveu as amarguras da vida.” (Eça de Queiroz);
– “A alegria de uma ORAÇÃO respondida não pode ser descrita …” (George Müller).

“Senhor, ENSINA-NOS a orar …” (Lucas 11:1), SEMPRE respeitando o que nos ensinou Jesus em Mateus 6:7:
E orandoNÃO useis de vãs repetições…”

Ótima semana !
João Evaristo e família

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“REZAR”  e  “ORAR” são a mesma coisa? Confira na Coluna Semanal de João Evaristo