A revista arquitetônica eVolo organiza desde 2006 uma competição chamada Skyscraper Competition, dedicada a destacar alguns dos projetos mais criativos e ambiciosos de arranha-céus do mundo. Neste ano de 2024, foram realizadas centenas de inscrições de propostas de estruturas de engenharia complexas pensadas para bairros suspensos, torres subaquáticas e muito mais. Agora que todos os vencedores já foram divulgados, compartilhamos as imagens aqui, no Engenharia 360.
Acompanhe o artigo a seguir e inspire-se com ideias sobre como serão os arranha-céus no futuro, refletindo uma visão urbana mais sustentável para as cidades!
Os top 3 do Skyscraper Competition 2024
Em 2024, a Skyscraper Competition recebeu 206 inscrições, premiando 3 vencedores e 14 menções honrosas.
Urban Intercropping
Este projeto chinês explora as dificuldades enfrentadas pelo centro metropolitano de Xinjiang, na China. O mesmo foi inspirado no método consorciado (onde os trabalhadores utilizam o cultivo simultâneo de diferentes culturas) e o conceito revolucionário de agricultura vertical, com foco no combate a escassez de alimentos e a poluição do ar nas cidades.
A proposta apresenta instalações mecânicas e não mecânicas para unidades habitacionais móveis e espaços agrícolas modulares. Também sugere plantas específicas para cada corredor ecológico dos edifícios, além de uma “membrana” de estufa, que fornece espaço para a migração animal e espaços verdes saudáveis para pedestres e transporte. Certamente seria uma transformação incrível na paisagem urbana de Xinjiang.
Ocean Lungs
Agora um projeto do Egito, um país quase sempre lembrado por suas regiões áridas, mas que agora mergulha profundamente no oceano, a mais de mil metros abaixo da superfície. Sua proposta é um grande arranha-céu subaquático que serviria como santuário ecológico, capaz de capturar carbono, filtrar CO2 e criar recifes artificiais, restaurando ecossistemas marinhos e combatendo as mudanças climáticas.
A estrutura central deste edifício seria composta de aragonita, um componente importante em esqueletos de corais. As plataformas permitiriam aos pesquisadores manterem uma monitorização contínua das espécies. E o projeto ainda apresenta um modelo de expansão de múltiplas torres subaquáticas semelhantes ao redor.
Memory Drop
Por último, vale citar uma engenharia de arranha-céu concebida por uma dupla alemã para o Point Nemo, o ponto mais isolado do Oceano Pacífico. A ideia é que essa construção pudesse ser utilizada como um local para retiro meditativo, com acesso personalizado a memórias de gerações passadas, proporcionando um reencontro com suas raízes e identidade.
Traduzindo, esta obra funcionaria como uma arquitetura simbólica, onde as pessoas poderiam depositar artefatos e outras recordações – digitais, claro. A descrição dos projetistas inclui ainda uma torre esférica em forma de lágrima que “contém um vazio simbólico que dá sentido à sua forma”.
Outros destaques da competição
Além dos três vencedores, outros projetos da Skyscraper Competition se destacaram por sua criatividade e inovação. Cada um desses propõe novas formas de integrar tecnologia, estética e funcionalidade nos arranha-céus do futuro.
Vertical Mega Region: Uma cidade vertical autossuficiente que se estende por quilômetros, conectando diferentes áreas urbanas e promovendo a sustentabilidade.
The Weave Skyscraper: Um arranha-céu modular que se adapta às necessidades da comunidade, com espaços flexíveis para moradia, trabalho e lazer.
Air Catcher Skyscraper: Um arranha-céu que captura o ar poluído e o transforma em energia limpa, combatendo a poluição atmosférica e gerando energia renovável.
Cloud Net Above The Three Gorges: Uma rede gigante de nuvens artificiais que regula o clima local, protegendo a região contra inundações e secas.
Certamente, os projetos da Skyscraper Competition 2024 apresentam uma visão bem positiva de como podemos enfrentar os desafios do mundo moderno. Por exemplo, promovendo sustentabilidade, autossuficiência, conexão com a natureza e mais. São belos exemplos de arquitetura e engenharia de cidades – mais verdes, habitáveis e resilientes. Torcemos para que esse futuro se concretize!
Fonte: Redação Engenharia 360