Com total inoperância do desgoverno Daniel Alonso, um casal de moradores do bairro Jânio Quadros, na zona Norte de Marília, tem sido um bom exemplo para toda comunidade ao adotar e zelar pela limpeza de uma área verde na avenida Francisco Chaves de Moraes. A dona de casa Nice Santos e o porteiro Daniel Souza, de 56 e 57 anos respectivamente, começaram uma verdadeira cruzada há cerca de 8 anos para conscientizar os vizinhos sobre a responsabilidade ambiental.
“Melhorou 99%. Infelizmente, ainda existe aquele 1% que não aprendeu e continua jogando lixo na praça, mas eu não aceito. Me perguntam porque eu defendo tanto uma área que não é minha, dizem ser da Prefeitura Municipal, mas na verdade é um bem público e quando o pessoal da limpeza pública vem aqui todo mundo está pagando pelo serviço, porque é pago pelo imposto”, afirmou a moradora Nice Santos.
O serviço do casal começou para diminuir o impacto de moscas e baratas que invadiram sua residência, devido a quantidade de lixo que outros moradores da região jogavam em frente à sua casa. “Até animal morto era jogado aqui e um dia decidimos começar a limpar toda área, e aí virou um trabalho quase que diário. Não pode deixar acumular para não voltar ao que era antes. Se deixar um montinho de qualquer coisa, pessoal já acha no direito de vir jogar em cima”, contou Daniel Souza.
Eles ainda entendem que não faz sentido o local ser alvo de descarte irregular de lixo. “A coleta feita pelo caminhão da Prefeitura passa três vezes por semana, é só colocar para fora o lixo no dia certo. No começo a gente ligava para virem buscar as folhas, galhadas e lixo que a gente junta aqui, mas hoje nem precisa mais. O fiscal passa aqui, vê a gente limpando e já pede para o caminhão vim retirar”, explicou Nice Santos.
O casal também está ajudando no monitoramento ambiental do local. Eles instalaram três câmeras em casa de vizinhos parceiros da ação voluntária para flagrar quem utiliza o local para descarte irregular de lixo. As imagens são usadas para oferecer denúncia à Secretaria Municipal do Meio Ambiente. “A gente se sente bem vendo a praça limpa, esse é o nosso prazer, se todos ajudassem todos seriam beneficiados”, ressaltou Seu Daniel.
Multa
Quando o morador que realizou o descarte irregular de lixo é identificado, os fiscais ambientais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente fazem a notificação para que a pessoa ou a empresa responsável realize a limpeza. Quando o pedido não é acatado, uma autuação é expedida de acordo com a Lei Municipal nº 4468/98, que dispõe sobre a proteção e recuperação do meio ambiente. A multa inicial é de R$ 820.
Descarte certo
O morador que precisar descartar eletrodomésticos, móveis, papelão, plástico e outros resíduos inertes podem utilizar gratuitamente três ecopontos disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Marília.
O Ecoponto Oeste fica localizado na rua Alcides Caliman, número 704, Jardim Califórnia. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábado das 8h às 11h30. O local recebe papelão, plásticos, vidros, metais, móveis, estofados, eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e pneus (dois pneus por CPF diariamente).
Já o Ecoponto Sul é instalado na rua Joaquim Dias, ao lado do Complexo de Trânsito, no bairro Nova Marília. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados das 8h às 11h30. O local recebe r papelão, plásticos, vidros, metais, móveis, estofados, eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos, pneus, óleo de cozinha, resíduos de construção civil (1/2 m³ ou 10 carriolas) e resíduos de poda ou corte de árvores (até 1m³, que é o mesmo volume de uma caixa d’água de mil litros).
O terceiro é o Ecoponto Norte, fixado na rua Paulino Botelho Vieira, número 643, no Jardim Santa Antonieta. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábado das 8h às 11h30. O local recebe papelão, plásticos, vidros, metais, móveis, estofados, eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e pneus.
Fotos: Divulgação
