O vice-presidente da diretoria da Associação Comercial e Industrial de Marília, Carlos Francisco Bittencourt Jorge, está alertando os comerciantes em geral, principalmente aqueles que estão iniciando as atividades com o e-commerce, para que procure orientação de pessoal especializado para evitar transtorno e as vezes gastos desnecessários. “A segurança é algo fundamental neste processo de compra e venda pela internet”, disse o dirigente que é estudioso no ramo. “Os riscos de um ataque são possíveis de serem evitados”, tranquilizou ao sugerir orientação neste sentido, já que os problemas cibernéticos são percebidos como o maior risco pelas grandes empresas brasileiras. “Da mesma forma que as vendas no balcão devem ter protocolos de segurança, pela internet não é diferente”, comparou ao fazer o alerta por ser o comércio eletrônico a principal alternativa neste período de quarentena.
De acordo com o dirigente mariliense se preocupar com a segurança faz parte dos estudos para transformar o e-commerce numa realidade. “Fotos bem nítidas, textos super objetivos e a informação correta sobre o valor da mercadoria e as formas de pagamento são fundamentais neste trabalho de vendas pela internet”, apontou Carlos Francisco Bittencourt Jorge, ao lembrar da pesquisa global feita pela Allianz Global Corporate & Specialty, um braço de seguros corporativos do grupo Allianz e que no Brasil entrevistou 59 executivos, em que 47% deles, apontaram as ameaças cibernéticas como preocupação atualmente, seguidas de perto pelo risco de interrupção de negócios, apontado por 46% dos entrevistados. Outros 29% veem a pandemia como maior risco deste ano.
Carlos Francisco Bittencourt Jorge afirma que os dois principais riscos citados têm relação, no entanto, com os impactos da crise sanitária. A avaliação é de que a Covid-19 acentuou a percepção do risco cibernético, dadas as oportunidades de invasão abertas pela onda de digitalização das empresas, o que inclui um número maior de funcionários trabalhando remotamente em “home office”. “Por isso que é preciso consultar e se orientar a respeito”, avisou ao colocar a associação comercial a disposição nesse sentido, já que a entidade conta com uma plataforma de comércio eletrônico que está bem evoluída nessa área de segurança. “O nosso portal: marília.dakki.com.br vai completar um ano de funcionamento e está bem desenvolvido para aqueles que querem começar no e-commerce”, disse o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília. “A partir do momento que a loja começa a se desenvolver e queira partir para um caminho próprio, sem problemas e damos o maior incentivo”, disse ao lembrar que o propósito é estimular o comerciante a buscar novas alternativas no varejo, seja com as lojas físicas ou virtuais.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) também fez as empresas se preocuparem mais com a questão cibernética. Conforme o estudo da Allianz, que cita dados da Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, o Brasil foi alvo de mais de 3,4 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos entre janeiro e setembro do ano passado. “Essa é uma outra preocupação que as empresas passaram a ter, por ser algo novo, e que está sendo disciplinado juridicamente”, disse o dirigente mariliense ao chamar a atenção para todas as empresas, independente do segmento que atua e na área. “Todas as empresas: virtuais ou não, devem se preocupar com a LGPD”, avisou ao sugerir material explicativo disponível na associação comercial.

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Dirigente da Acim sugere atenção para o comércio eletrônico