Os segmentos de alimentação, entretenimento e hospedagem vivem a pior crise econômica da história dos setores em Marília. Com mais de mil empresas e cerca de 10 mil funcionários na cidade, os empresários aguardam por medidas de isenção tanto do Governo Federal, Estadual e Municipal para amenizar os prejuízos.

Em entrevista ao Jornal D Marília, o presidente do Sinhores (Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Marília), Sinval Gruppo, revela que a categoria está quebrada.

“Todo mundo quebrado. Ninguém sabe como agir diante desta situação. As medidas do Governo Federal também não auxiliam. Arrumar empréstimos para se afundar em dívidas? Isso não resolve”, afirma Sinval Gruppo.

Questionado sobre medidas positivas para os segmentos, Sinval Gruppo apontou possíveis saídas para que os empresários possam se organizar diante das dificuldades.

“Teria que ter uma ajuda do Governo Federal para pagamentos dos salários dos funcionários. A cobrança de luz também poderia ser suspensa. Enquanto o município poderia ajudar com isenções, como IPTU, água, entre outros incentivos”, analisa.

Mesmo com o decreto de quarentena determinado pelo governador João Doria, o setor da hotelaria foi mantido como serviço essencial, podendo trabalhar com até 30% de sua capacidade.

“Não adianta. O público não está comparecendo, apenas algumas exceções de prestadores de serviços e profissionais da saúde”, complementou o presidente do Sinhores.

A partir da determinação de quarentena do Governo do Estado, todos os funcionários receberam férias coletivas até o dia 7 de abril, data em que o sindicato aguarda melhora na situação do País.

Proprietário de um dos restaurantes mais tradicionais de Marília, Cássio Luiz Pinto Junior, o Cassinho, revela que é a maior crise da história do segmento.

“Realmente é um esforço de todos. Não existe um manual e todos os dias estamos aprendendo como lidar em função do isolamento social.  São decisões difíceis. Temos que reagir com bastante tranquilidade, sabendo que estamos diante de uma questão de saúde da população”, finalizou o empresário.

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Hotéis, restaurantes e bares enfrentam a maior crise da história em Marília