O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anuncia nesta quarta-feira (4) um plano para a saída gradual do isolamento social feito para conter as infecções de covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus –, mas os detalhes só devem sair em 8 de maio.

A data foi citada pelo próprio governador durante a coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, às 12h30. O programa passará a valer em 11 de maio, dia seguinte ao término da quarentena.

O Estado de São Paulo começou o isolamento em 24 de março. É o Estado que mais registra casos e mortes por covid-19 no Brasil.

De acordo com o governador, primeiro o governo irá medir o resultado do isolamento social. Depois, analisar quantas pessoas estarão infectadas e quantas morreram nas próximas duas semanas, consideradas por muitos cientistas o pico da doença no país. Por fim, analisar a capacidade de atendimento e suporte da saúde pública e privada no Estado.

Doria apontou o diálogo como a solução para lidar com a pressão dos prefeitos que pedem a reabertura dos comércios para reaquecer a economia. Temos conversado com os prefeitos que se sentem mais pressionados por suas populações. É um comportamento normal. O que não vamos permitir é confronto nas decisões do Estado, porque elas se aplicam, até 10 de maio, a todos os 645 municípios [de São Paulo]”, disse.

Quando perguntado se haverá multas caso o índice de isolamento não fique na faixa desejada (50% a 60%), Doria respondeu que prefere fazer um apelo à consciência das pessoas. Em 10 de abril, o governador subiu o tom e afirmou que a polícia do Estado iria advertir, orientar e até mesmo decretar prisão para pessoas que insistissem em desrespeitar as regras de distanciamento social. Depois, em 14 de abril, recuou e sugeriu a criação de uma “corrente de amor”, anunciando uma orientação educativa para comércios e serviços.

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João Doria anuncia que flexibilizará a quarentena no Estado