Vereadores da base governista confirmaram “em off” à reportagem da Revista D Marília que estão recebendo telefonemas direto do prefeito Daniel Alonso para que votem CONTRA a INVESTIGAÇÃO por FRAUDE na licitação de milhões e milhões de reais sobre os radares de Marília. Fora o que uma investigação e comprovação pode acarretar em devolução também dos valores milionários da multas que, caso comprovada a fraude, tudo terá que ser devolvido aos cofres públicos e valores das multas corrigidos à população.
MUDANÇA NOS VOTOS
O problema para os vereadores governistas, que até agora votaram contra investigações contra Alonso, talvez por acharem ele bonito e bacana, é que este ano é eleitoral, Alonso pode ter uma rejeição superior a 70% junto à população, e a chance de não se reelegerem é grande. Ou seja, defender esta administração pode custar caro. Tanto que alguns dos governistas ouvidos pela reportagem já disseram que dessa vez não tem como, diante da gravidade das denúncias. Vão votar A FAVOR da Comissão Processante.
Se isso se desenrolar e houver comprovação, Alonso pode chegar a ter o mandato cassado e seu vice, Cícero do Ceasa ( que já teria sido passado para trás por Alonso como seu candidato à sucessão) assume como prefeito e mantém sua candidatura, ajudando o grupo de vereadores com a vantagem de não ter rejeição e poder ainda usar a “máquina”. É o que analisam algumas fontes ouvidas pela D Marília.
ENTENDA O CASO
O engenheiro Roberto Monteiro protocolou na Câmara Municipal de Marília pedido de instalação de Comissão Processante para Investigaçāo quanto aos indícios de crimes praticados referentes a licitação que originou ấ instalação de radares fixos no municipio, de Marilia, anulação do contrato n 24/2023 com a empresa Talentech Tecnologia Ltda, cancelamento de todas as multas aplicadas através dos radares instalados no município e abertura de Comissão Processante para apurar as responsabilidades do Prefeito Daniel Alonso.
Segundo o autor do pedido, apresentou ligações jurídicas entre as empresas participantes do Processo Licitatório no. 018/2023 e Pregão Presencial 016/2023, o qual deu origem instalação de radares fixos em Marilia, maculando o processo, uma vez não haver competitividade entre as empresas, e, sim, concorrência entre 3 empresas amigas, associadas em outros contratos, e que juntas, tentam burlar as legislações vigentes que regem o tema sobre licitações públicas, através de CNPJ’s individuais. “Na ocasião tivemos como vencedora a empresa Talentech Tecnologia Ltda, conforme publicado no Diário Oficial do Município”, afirma.
Segundo ele, no Pregão Presencial no. 016, participam as empresas: Talentech Tecnologia Ltda;
Serget Mobilidade Viária Ltda; Sentran Serviços Especializados de e Arc Comercio Construcao e Administracao De Servicos Ltda. Esta última foi desqualificada e não pôde participar. O autor traz ligação jurídica as empresas participantes.
“Assim, nota-se claramente a ligação jurídica entre a empresa vencedora do processo Licitatório 018/23 e Pregão Presencial 016/23 realizado no município de Marilia e as demais concorrentes, maculando o processo por falta de competitividade entre as partes, que se fazem associadas entre si. Desta forma, Eduardo Marques Ramalho demonstra relacionamento jurídico com a empresa vencedora do certame para instalação de radares no município de Marília-SP
Talentech Tecnologia Ltda, deixando claro o vinculo profissional entre estas empresas, o que eliminou a competitividade do certame. Observamos na documentação obtida e pesquisada que o empresário Eduardo Marques Ramalho, além de ser sócio administrador junto à Sentran – Serviços Especializados de Trânsito Ltda, concorrente no Pregão Presencial n° 016/2023 possui estreita relação jurídica
com a Talentech Tecnologia Ltda, vencedora do certame para instalação de radares em Marília”.
A MÁFIA DOS RADARES
O caso é tratado em outros lugares como “Máfia dos Radares” devido a esquemas fraudulentos em outros municípios, que foram comprovados. No MT o ex-prefeito mais 8 pessoas ligadas tiveram R$ 22 milhões bloqueados. Em Avaré CPI foi aprovada. Casos envolvem mesma empresa que venceu em Marília.