Marília recebe o 1º Festival AutonoMinas, um festival organizado para a expressão artística de mulheres. O evento vai acontecer na Rua Luís Jeronimo Fernandes, entre a praça São Miguel e a pista de skate, e inicia às 14h com uma intervenção de arte urbana, oficina de confecção de Abayomis no espaço para as crianças e o debate do livro Lugar de Fala da Djamila Ribeiro coordenado pelo grupo Leia Mulheres.
Após a oficina de Abayomis, o espaço para as crianças segue aberto com contação de história e brincadeiras monitoradas até as 18h.
Desde o começo do evento estará aberta uma Feira de Economia Solidária com exposição e comercialização de artesanato, livros, comidas e bebidas.
O palco abre às 17h e conta com uma programação que contempla diferentes linguagens artísticas: contação de história, teatro, apresentações musicais, DJ, poesia, danças e arte circense. Algumas artistas que passarão pelo palco são: Fernanda Bitencourt, Tati Luz, Helena Venturini, Ilca Venturini, Ju Furlan, Bruna Motta, Suelen Landi e Carol Alaby.
A rapper indígena Lyrica Cunha também compõem a programação do palco e será a artista homenageada, com um mural de stencil de seu retrato produzido ao longo do festival pelas artistas Yasmim Alves e Jaque Alves através do projeto AquarEllas.
Para acompanhar toda a programação siga o instagram @festivalautonominas.
O evento conta com o apoio da Secretaria Municipal da Cultura de Marília, que disponibilizou a estrutura do evento, como palco e som, e também com alguns patrocínios que serão divulgados ao longo do festival. Mas a maior fonte de recursos tem sido uma campanha de financiamento coletivo lançado pela produção do evento.
Dessa forma, todas as pessoas podem ajudar a construir o festival com a doação de qualquer valor via pix para festivalautonominas@gmail.com. Com um pix de um real você pode ajudar a construir o 1º Festival AutonoMinas.
Conforme destaca as organizadoras do evento, “o trabalho artístico das mulheres foi invisibilizado na história. Nossos rostos, nomes e vozes, apagadas”.
Ao longo da história, escritoras e compositoras tiveram seus textos e músicas publicados com pseudônimos masculinos ou de forma anônima. Nas danças, tem constantemente seus corpos objetificados. No teatro, por muito tempo, papéis femininos foram interpretados por homens porque as mulheres eram proibidas de atuar. Na arte urbana são as principais vítimas de assédios e violências.
A organização destaca que, também no presente, as mulheres são invizibilizadas, como por exemplo, bastando olhar a programação dos eventos e festivais que acontecem cotidianamente. Salientam que é possível “contar nos dedos” quantas mulheres estão na programação, isso quando tem mulheres, pois muitos eventos artísticos ainda tem uma programação exclusivamente masculina.
Nesse sentido, o Festival AutonoMinas cria um espaço exclusivo para a expressão da arte de mulheres, tão necessária e urgente.

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Marília recebe hoje o 1º Festival AutonoMinas, na praça São Miguel