O último balanço divulgado na manhã desta segunda-feira (16) pela Vigilância Epidemiológica de Marília apontou que existem nove casos suspeito do novo Covid-19. Os resultados dos exames sairão entre 5 a 7 dias.
De acordo com a Prefeitura de Marília, todos os pacientes estiveram em áreas de risco ou manteram contato com pessoas infectadas pelo coronavírus. São casos de vínculo epidemiológico.
O comunicado foi divulgado em uma reunião com o prefeito Daniel Alonso (PSDB) com representantes dos hospitais Santa Casa, Hospital Beneficente da Unimar, Hospital das Clínicas e Maternidade Gota de Leite. O Conselho Municipal da Saúde (Comus) também esteve presente.
Em Marília, todos os suspeitos procuraram atendimento em seus convênios. Nenhum caso foi registrado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Os pacientes relataram que viajaram pela França, Portugal, Espanha e Estados Unidos. São três homens, de 21, 45 e 32 anos, e seis mulheres, duas de 26, 40, 15, 36 e 65 anos.
Muito antes dos casos suspeitos, a Vigilância Epidemiológica se reuniu no dia 10 de fevereiro com hospitais e entidades de Saúde para discutir as primeiras medidas que seriam adotadas na cidade.
A medida preventiva gerou resultado e, mesmo sem casos confirmados, a Prefeitura de Marília já está adotando um Plano de Contingência do Covid-19.
“É importante entendermos que nós ainda não temos casos positivos e estamos com suspeitas, mas já temos um fluxo de rede de saúde estabelecido. Nós já sabíamos que inicialmente os pacientes procurariam a rede privada do município”, declarou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Alessandra Mosquini.
Casos Falsos
Em decorrência da falta de informação e a preocupação com o coronavírus, muitas pessoas foram até unidades de Saúde, tanto privada quanto pública, no último final de semana em Marília.
A situação provocou filas de espera e criou um ambiente de vulnerabilidade nos locais. A maioria das pessoas não apresentava vínculos epidemiológicos. Todos os pacientes que não tinham critérios foram dispensados e orientados.
“O município tem bastante expertise em lidar com isso. No primeiro caso suspeito confirmado, eu achei bacana que a vigilância do hospital [Santa Casa] entrou em contato rapidamente com a Vigilância. Foi tudo muito rápido e bem conduzido. Essa parceria público-privada que precisamos estabelecer em situação de crise”, disse Alessandra.
O primeiro caso suspeito, divulgado na última sexta-feira (13), trata-se de um estudante de 21 anos que viajou para a Europa com a família.