Com menos de dois meses o painel eletrônico de pagamento de impostos municipais, estaduais e federais já superou no último dia 14 de fevereiro, a marca dos R$ 500 bilhões pagos pelos brasileiros, desde o começo do ano, de acordo com o “Impostômetro” instalado no centro comercial de São Paulo e em outras capitais do Brasil.
“Isso quer dizer que o Governo já arrecadou tudo isso em pouco tempo”, disse o presidente da Associação Comercial e de Inovação de Marília, Carlos Francisco Bitencourt Jorge ao comentar o assunto com o vice-presidente da diretoria, Marcelo Marcos Mantelli, que também se surpreendeu com a velocidade da arrecadação.
“No ano passado o brasileiro pagou R$ 3,1 trilhões em tributos para os governos”, apontou o dirigente da associação comercial mariliense que acredita em novo recorde de arrecadação em 2024, como vem acontecendo ano após ano. “O ritmo é cada vez mais frenético”, afirmou.
Segundo Marcelo Marcos Mantelli o valor já arrecadado este ano supera o alcançado neste mesmo período, mas no ano passado, quando o painel registrou R$ 429,6 bilhões. Ou seja, entre um ano e outro, a arrecadação no período cresceu 16,4%.
“Esse tipo de conscientização o empresariado deveria ter, afinal, a qualidade do serviço público não vem acompanhando essa evolução”, comparou ao considerar uma desigualdade no que é pago do que é oferecido pelos Governos.
“Em todos os níveis: municipal, estadual e federal”, disse o vice-presidente da diretoria, que considera importante esta mensuração por parte do painel eletrônico criado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
De acordo com Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, ele diz que o aumento do valor arrecadado pela União, estados e municípios neste ano é “resultado tanto da elevação da inflação nos preços dos bens, em um ambiente onde o sistema tributário penaliza consideravelmente o consumo, quanto do aumento mais substancial da atividade econômica”.
Para o presidente da associação comercial de Marília, Carlos Francisco Bitencourt Jorge são os dois fatores. “Vejo que tanto a inflação, quanto a produção são responsáveis pela elevação da arrecadação de impostos”, comentou ao considerar importante o monitoramento pelo site: www.impostometro.com.br onde é possível acompanhar o pagamento de impostos por cidade e estado, além dos tipos de impostos existentes e pagos.
“Com esses mais de R$ 500 bilhões seria possível adquirir aproximadamente 1.200.000 cestas básicas”, comparou Marcelo Marcos Mantelli. Para se ter uma ideia da grandiosidade do valor, o vice-presidente da diretoria da associação comercial observar no impostômetro, que em 2023 o brasileiro necessitou de 147 dias no ano, para pagar impostos.
“Nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019 o brasileiro precisou de 153 dias para pagar impostos”, observou ao notar que seria quase a metade do ano inteiro. “O Brasil ocupa a posição de número 30 entre os países em que o imposto é elevado quanto ao retorno baixo para a população”, lamentou. Do total de R$ 500 bilhões que entraram nos caixas dos governos até agora, de acordo com o Impostômetro, R$ 331,6 bilhões foram destinados à esfera Federal, R$ 137,3 bilhões para a esfera estadual e R$ 31,1 bilhões para a municipal.
“Somente a cidade de Marília já atingiu os R$ 50 milhões de impostos arrecadados, em menos de dois meses”, apontou Marcelo Marcos Mantelli ao observar o site eletrônico.