Criados como alternativa para realização da coleta seletiva durante o período de pandemia, evitando o contato direto entre as pessoas, 14 Ecopontos estão instalados nas principais ruas e avenidas de Marília, permitindo que a população entregue voluntariamente os materiais passíveis de reciclagem, como papéis, plásticos, vidros e metais.

Além de cuidar do meio ambiente, o mariliense tem a possibilidade de ajudar famílias carentes que realizam o trabalho de coleta destes materiais.

Porém, nem todos têm entendido desta forma e, infelizmente, alguns cidadãos estão descartando lixo orgânico, restos de móveis e resíduos da construção civil nas unidades destinadas à coleta seletiva.

Segundo o ambientalista Ademar Aparecido de Jesus, o Dema, coordenador do Projeto EcoEstação, as férias colaboraram para o aumento do volume descartado e as chuvas atrapalham a coleta, sendo que a conscientização da população é fundamental para o bom andamento dos trabalhos.

“Notamos que durante as férias o volume de descartes aumentou consideravelmente. Porém, os dias chuvosos atrasam nossos trabalhos e precisamos nos esforçar em dobro para dar conta da demanda. Infelizmente, algumas pessoas não querem colaborar com o bom andamento do projeto e descartam todos os tipos de resíduos, como fraldas usadas, telhas quebradas, restos de móveis, colchões, dentre outros materiais não recicláveis. Perdemos muito tempo separando estes materiais e descartando-os no lixo comum. O que não entendemos é que boa parte destes itens são levados pela coleta comum, realizada pela Prefeitura diariamente, mas, mesmo assim, as pessoas preferem levar aos Ecopontos e atrapalhar o trabalho da nossa família”, disse o coordenador.

O chefe do Meio Ambiente, Cassiano Rodrigues Leite, destaca a importância da participação popular e as consequências quanto ao uso errado dos EcoPontos.

“Trata-se de um projeto inovador, aberto a qualquer catador que queira participar, conforme orientam as legislações vigentes. Infelizmente, pessoas alheias ao bom convívio social insistem em atrapalhar o andamento deste trabalho socioambiental, não permitindo sua expansão. Temos como meta instalar 100 unidades em Marília, mas devido ao mau uso, perdemos muito tempo realocando as unidades para outros pontos da cidade até encontrarmos uma região que queira participar deste projeto. O que não entendemos é o fato da pessoa ao invés de aproveitar a oportunidade para ensinar os filhos e netos a contribuírem para um planeta melhor, perdem tempo levando lixo comum até os EcoPontos. Prevemos para 2022 a instalação de câmeras de monitoramentos nos locais onde alojarmos unidades coletoras e todo ato de vandalismo será registrado, onde o infrator será responsabilizado conforme sua atitude negativa perante à sociedade. Essa é uma despesa desnecessária, porém, devido à falta de consciência e educação de alguns, teremos de arcar com este ônus para tentarmos construir um meio ambiente mais sadio e equilibrado, pensando no bem estar coletivo”, afirmou Cassiano.

Os EcoPontos recebem papéis, plásticos, vidros e metais. Outros materiais descartados nas unidades são destinados ao lixo comum. Saiba onde descartar cada tipo de resíduo em Marília, acessando o link: https://www.marilia.sp.gov.br/onde-descartar/

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Os ecopontos para coleta seletiva cumprem as legislações vigentes e permitem a inclusão social de catadores de recicláveis