Dentro das atividades relacionadas ao aniversário de 27 anos de fundação do Rotary Club de Marília-Pioneiro, no Distrito 4510 do Rotary International, os rotarianos que fazem parte do clube rotário mariliense, entregaram a “Medalha do Pioneiro”, para o paleontólogo da cidade, William Nava, pelos feitos inéditos que o estudioso tem realizado e projetado o nome da cidade internacionalmente no mundo paleontológico. “O trabalho que ele faz é importante para a humanidade, e ao mesmo tempo, é de Marília e para Marília”, disse a presidente do clube rotário local, a empresária Marta Raphael Azevedo, ao conduzir a cerimônia realizada, dia 17, nas dependências do Quality Hotel Sun Valley, local das reuniões semanais, sempre na segunda-feira. “Ele foi lembrado, destacado, reconhecido e agradecido”, comentou a rotariana que contou com a presença de familiares do homenageado.
Desde 2003 a Medalha do Pioneiro já foi entregue para personalidades da cidade de Marília que tiveram uma “ação pioneira” como: Clóvis de Cerqueira César, Anselmo Scarano, Euthália Bataiola, Vera L. Lorenzetti Gelás, Jean Paul Lebau, Hilário Maldonado, Manuel Lopes, Yoshimi Shintaku, Otacílio Augusto Novo, Walter Rino, Haydée Monteiro, Paulo Borini, Maria Lygia de Oliveira Belluci, Valdyr César, Welmam Ibrahim Curi, Gislaine da Silva Cavina, entre outros. “O legado que Willian Nava deixará para a cidade de Marília e para a humanidade é algo incalculável”, comentou a advogada Maricler Botelho de Oliveira, ao parabenizar o clube pela indicação e homenagem. “Sem contar a coincidência, deste mês, completar 30 anos da primeira descoberta”, falou a empresária Vera Lúcia Marques da Costa.
William Nava nasceu em Rancharia, SP, em maio de 1954. A família morou em São Paulo e depois em Dracena, quando então chegou à Marília. E foi nesta cidade que o homenageado teve a atenção despertada pela topografia, pela paisagem “diferente” desta região, o que lhe chamou a atenção desde a adolescência. Foi músico (tocou bateria no Conjunto Transa Som), depois ingressou no Banco Itaú onde trabalhou por 17 anos, até 1991. Formou-se em História e Jornalismo, embora sua grande paixão sempre tenha sido a paleontologia dos vertebrados. Há 30 anos se dedica a essa disciplina, buscando restos fósseis em cada canto da região oeste do estado paulista em rochas da idade Cretácica com aproximadamente 80 a 75 milhões de anos. O trabalho iniciado por ele de “forma pioneira” permitiu gerar uma grande quantidade de material fóssil que tem sido a base de numerosas publicações científicas, teses de mestrado e doutoramento, bem como publicações de divulgação e exposições em museus de diversas partes do País e do exterior. No dia 11 de abril de 1993 encontrou os primeiros fósseis de dinossauros de Marília e, é neste ano, que se comemora 30 anos dessa descoberta inicial. Entre sua extensa carreira de descobertas incluem invertebrados de água doce, anuros, tartarugas, lagartos, cobras, crocodiliformes, dinossauros saurópodes e terópodes (incluindo aves), ninhadas com centenas de ovos, coprolitos, entre outros. Ao agradecer a homenagem William Nava ressaltou a importância da família, lembrou dos pais, esposa e filho, e de forma descontraída comentou o início dos trabalhos em diversas regiões da cidade. Chamou a atenção para a importância do Museu de Paleontologia de Marília, da qual é curador, bem como o relacionamento dos achados com a comunidade em geral, inclusive, mostrou um boneco de dinossauro animado, considerado a mascote nas visitações de crianças e estudantes no próprio museu de Marília. “O que me preocupa é formar uma pessoa, ou uma equipe, que venha a continuar esse trabalho que faço com muito prazer”, falou ao fazer o alerta às autoridades locais.

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Rotarianos em Ação: paleontólogo recebe medalha do Marília-Pioneiro