Rotarianos brasileiros estarão mobilizados neste sábado para conseguir recursos financeiros para ajudar no combate a paralisia infantil (poliomielite) que pode voltar a ameaçar as crianças brasileiras. “Precisamos recuperar esse atraso vacinal, especialmente nesse cenário de ameaça ao convívio social, de que a paralisia infantil pode voltar a nos atacar nossas crianças”, disse, preocupada, a presidente do Rotary Club de Marília-Pioneiro, a advogada Maricler Botelho de Oliveira, ao convidar à todos para a edição de 2021 do Telepolio, programa organizado pelos rotarianos no Brasil para a captação de fundos para o combate à poliomielite, que será transmitido “ao vivo”, neste sábado, dia 16, às 11h, através do canal do Youtube (https://youtu.be/fe_8VQlBbCo).
Segundo a rotariana de Marília um painel de especialistas se reúne para falar dos desafios da vacinação em geral no país, desde a produção até a aplicação na população. “Vacinas atrasadas significam o risco de introdução de doenças já controladas”, disse a cirurgiã-dentista, Sandra Aparecida de Souza Craveiro Tavares, também do Rotary Club de Marília-Pioneiro ao chamar a atenção para a multivacinação que está sendo desenvolvida neste mês de Outubro em todo o território nacional. “A pólio é uma delas, e não podemos ter esse tipo de recuo, ameaçando nossas crianças”, alertou a dirigente rotária que está envolvida em uma série de atividades no sentido de atrair crianças para os Postos de Vacinação de Marília.
No evento pela internet um dos especialista a mostrar a importância da vacinação é o infectologista e pediatra Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Segundo ele o avanço da desinformação sobre a segurança das vacinas e a importância das mesmas afetou não apenas a população adulta hesitante em tomar o imunizante contra o coronavírus. “Milhões de crianças também foram afetadas, com a taxa de cobertura vacinal apresentando queda para a imunização contra diferentes doenças, incluindo a paralisia infantil”, falou a educadora, Martha Raphael Azevedo, preocupada com a possibilidade da paralisia infantil voltar a ameaçar as crianças do Brasil. “Por isso, os Rotary Clubs do Brasil se uniram para alcançar dois objetivos ao mesmo tempo: levar informação cientifica sobre as vacinas à população e captar fundos para a erradicação da poliomielite no mundo”, disse o jornalista Márcio Cavalca Medeiros, que também faz parte do Rotary Club de Marília-Pioneiro.
Margareth Dalcomo, pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocurz), e Rosana Ritchmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas, também trazem mais contribuições ao Telepolio deste ano. Sobrevivente da paralisia infantil, o famoso jornalista Boris Casoy dará o depoimento sobre como a doença afetou a própria vida e a da irmã, também contaminada pelo vírus. A apresentação desta edição é feita pelo cantor Michel Teló. Filho de rotarianos, ele dá o ar de sua graça pelo segundo ano seguido no programa. Outras celebridades, como a ginasta Rebeca Andrade e a atriz Rita Guedes também chamam a atenção para a necessidade de se erradicar a pólio no mundo. “E não para por aí, mas qualquer pessoa que queira saber mais sobre o Telepolio deste ano, não perca a apresentação no sábado”, disse a funcionária pública, Maura Amábile Betti Fagundes de Queiroz, que também faz parte do Rotary Club de Marília-Pioneiro.
Qualquer doação financeira pode ser feita de imediato. Acesse o site http://www.endpolio.org/pt/donate e ajuda a combater essa doença.

Michel Teló será o apresentador da edição deste ano do Telepólio, promovido pelos rotarianos do Brasil (Foto Divulgação - Fonte Eficaz Comunicação Empresarial)