Recursos naturais e geopolítica explicam o interesse dos EUA em controlar o território, mas a resistência da Dinamarca e da Groenlândia persiste

A Groenlândia voltou aos holofotes após o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, manifestar interesse em comprar ou controlar o território semiautônomo da Dinamarca, gerando curiosidade e críticas.
O fascínio de Trump pela região é impulsionado por dois fatores principais: seus recursos naturais e seu valor geopolítico, e uma análise do IFL Science fala mais sobre esses fatores.
Território rico em minerais
- A Groenlândia é rica em minerais essenciais, como metais preciosos, cobalto, cobre, níquel, lítio e outros materiais críticos para a indústria de baterias e tecnologia.
- Além disso, a região possui reservas de petróleo, gás e carvão, embora a exploração de combustíveis fósseis tenha sido limitada nos últimos anos devido a preocupações ambientais.
- No entanto, um relatório do Serviço Geológico dos EUA aponta grandes depósitos de petróleo na região.
- Geopoliticamente, a Groenlândia está estrategicamente posicionada no Ártico, uma área de crescente importância devido ao derretimento das calotas polares e à abertura de novas rotas de navegação.

O controle dessa região é visto como vital para os EUA, especialmente em relação à influência da Rússia e da China no Ártico.
Embora os recursos da Groenlândia e sua posição geopolítica sejam atraentes, a ideia de Trump de comprá-la não é inédita, pois já foi cogitada por políticos americanos no passado, como William H. Seward e o governo de Harry Truman.
No entanto, tanto a Groenlândia quanto a Dinamarca sempre rejeitaram essas propostas. O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Bourup Egede, afirmou recentemente: “A Groenlândia é nossa. Não estamos à venda e nunca estaremos à venda”.

Fonte Olhar Digital