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Nos últimos anos, o campo da oncologia tem testemunhado avanços significativos, especialmente no tratamento do câncer de pulmão. Um dos desenvolvimentos mais promissores é o ivonescimab, um medicamento inovador que tem demonstrado resultados impressionantes em testes clínicos.

Desenvolvido pela empresa chinesa Akeso, o ivonescimab está se destacando como uma alternativa eficaz ao Keytruda, um dos tratamentos mais conhecidos da atualidade.

Em testes realizados na China, o ivonescimab mostrou-se capaz de retardar o avanço do câncer de pulmão por 11,1 meses, em comparação com os 5,8 meses alcançados pelo Keytruda.

Este resultado tem gerado otimismo tanto entre pacientes quanto no setor de biotecnologia, impulsionando o valor das ações da Summit Therapeutics, parceira da Akeso na América do Norte e Europa.

Quais são os desafios para a aprovação internacional do ivonescimab?
Apesar dos resultados promissores, a aprovação do ivonescimab fora da China enfrenta desafios significativos.

A FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, tem um histórico de rejeitar medicamentos chineses devido a preocupações com a metodologia dos testes clínicos.

Para superar essa barreira, um ensaio global está programado para o final deste ano, com o objetivo de validar a eficácia e segurança do medicamento em um contexto internacional.

Se os resultados do ensaio global forem positivos, o ivonescimab poderá consolidar a posição da China como um dos principais polos de inovação na indústria farmacêutica mundial.

Isso representaria um marco importante para a biotecnologia chinesa, que tem se esforçado para competir com as grandes farmacêuticas ocidentais.

O crescimento da biotecnologia chinesa: uma nova era de inovação?
Historicamente, a indústria farmacêutica chinesa era conhecida principalmente pela reprodução de medicamentos existentes.

No entanto, na última década, o setor tem passado por uma transformação significativa, com um foco crescente em inovações que rivalizam com as desenvolvidas no Ocidente.

Parcerias bilionárias com empresas internacionais têm sido um dos motores desse crescimento.

Exemplos notáveis incluem o acordo de US$ 1,92 bilhão entre a AstraZeneca e o CSPC Pharmaceutical Group para o desenvolvimento de medicamentos cardiovasculares, e a parceria de US$ 2 bilhões entre a Merck e a Hansoh Pharmaceutical na área de emagrecimento.

De acordo com a HSBC Qianhai Securities, o número de acordos de licenciamento na China aumentou de 46 em 2017 para mais de 200 no último ano, movimentando cerca de US$ 57 bilhões.

O que o futuro reserva para o ivonescimab e a biotecnologia chinesa?
O sucesso do ivonescimab pode ser um indicativo de que a biotecnologia chinesa está entrando em uma nova era de inovação e competitividade global.

Se o medicamento for aprovado internacionalmente, poderá abrir caminho para outros tratamentos inovadores desenvolvidos na China, desafiando o domínio das farmacêuticas ocidentais.

Além disso, o crescente número de parcerias e acordos de licenciamento sugere que a China está se posicionando como um jogador importante no cenário global de biotecnologia.

Com investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, o país tem o potencial de se tornar um líder em inovação farmacêutica, beneficiando pacientes em todo o mundo.

Fonte: O antagonista

Fonte: Diário do Brasil

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Laboratório desenvolve remédio contra câncer de pulmão