Na semana passada, foram enviadas amostras de tecido humano para a Estação Espacial Internacional; entenda a pesquisa
Atrofia do músculo, perda óssea, dores nas articulações e queda do sistema imunológico são questões enfrentadas não apenas na velhice, mas também por jovens astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS). Problemas que poderiam levar anos para serem diagnosticados na Terra, mas que, no espaço, se apresentam em menor tempo.
Isso levou à tese de que os efeitos do espaço no corpo humano — em especial a microgravidade —podem ser a chave para a compreensão de tratamentos e causas de doenças relacionadas ao envelhecimento. Por isso, pesquisadores da Universidade de Oxford enviaram amostras de tecidos humanos para a ISS com o objetivo de aprofundar os estudos dessa hipótese.
“Nosso projeto busca descobrir como o envelhecimento progride em condições de microgravidade e testar se essas condições podem acelerar o estudo de processos de envelhecimento que levam muito mais tempo para serem observados na Terra”, disse a Dra. Ghada Alsaleh, que lidera o Laboratório de Inovação Espacial (SIL) de Oxford. “Essas descobertas podem melhorar significativamente a qualidade de vida, reduzindo o fardo do envelhecimento.”
Como será feita a pesquisa?
Na semana passada, foram enviadas as amostras de tecido humano para a ISS por meio do ICE Cubes Facility, plataforma que permite interação com o estudo em tempo real.
Os pesquisadores vão usar ferramentas como organoides, impressão 3D e testes de estresse mecânico para entender como o envelhecimento funciona no nível celular.
O objetivo é “encontrar maneiras de retardar os problemas de saúde relacionados à idade, esteja você na Terra ou no Espaço”, diz a líder da pesquisa.
Pesquisas sobre o efeito da microgravidade espacial no processo de envelhecimento vêm sendo conduzidas no Laboratório de Inovação Espacial do Instituto Botnar de Ciências Musculoesqueléticas de Oxford desde junho de 2023.
Esse é o primeiro laboratório do tipo inaugurado no Reino Unido e permite conexão operacional direta com a ISS para monitoramento dos testes.
Fonte Olhar Digital