Ressonância magnética funcional indica que respostas neurais estão associadas ao apego e à adaptação à paternidade

Imagem: Anna Kraynova/Shutterstock
Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia (USC) mostra que pais de primeira viagem apresentam maior ativação cerebral ao verem seus próprios bebês do que ao observar bebês desconhecidos ou suas parceiras.
Esse padrão está ligado ao fortalecimento do vínculo afetivo e também ao estresse parental.

Detalhes do estudo
- O rosto de um bebê, com olhos grandes, bochechas arredondadas e proporções únicas, desperta instintivamente comportamentos de cuidado em adultos, sustentados por respostas hormonais e neurais.
- Embora já se soubesse que mães reagem de forma intensa aos próprios filhos, pouco se conhecia sobre a resposta dos pais.
- Na pesquisa “Meu Bebê Versus o Mundo: Processamento Neural dos Pais…”, publicada na revista Human Brain Mapping, 32 pais da região de Los Angeles participaram de questionários e, meses após o nascimento do filho, de exames de ressonância magnética funcional.
- Eles assistiram a vídeos curtos de seus bebês, de crianças desconhecidas, de suas parceiras grávidas e de gestantes desconhecidas.

Cérebro “impulsionado” pelos bebês
Os resultados mostraram que o próprio bebê gera ativação mais intensa em regiões ligadas à regulação emocional, recompensa, cognição social e mentalização, como pré-cúneo, cíngulo posterior e córtex orbitofrontal.
Essa ativação esteve positivamente associada ao vínculo parental e negativamente ao estresse e a problemas de apego.
Segundo os pesquisadores, essas respostas podem servir como marcadores cognitivos da adaptação inicial à paternidade, revelando que o cérebro dos pais é moldado de forma única pelo contato com o próprio filho.

Estudo mostra que vínculos emocionais e estresse parental estão ligados a maior ativação cerebral diante do filho (Imagem: oatawa/iStock)
Fonte: Olhar Digital