Gravação busca aprimorar explicação de processos microscópicos, como infecções virais, aos alunos, em sala de aula
Pesquisadores da Universidade de Ciências de Tóquio (Japão), captaram, pela primeira vez, o processo de infecção viral sob um microscópio de luz. O vírus “gigante”, conhecido como Mimivirus, tem tamanho de partícula muito maior do que os demais, o que possibilitou a gravação.
O microrganismo infectou um micróbio chamado Acanthamoeba em substância gelatinosa de ágar, criada em laboratório para estabilizar a ameba. Na imagem, é possível ver as células de Acanthamoeba se movendo lentamente conforme a infecção avança no gel de agarose.
Em determinado momento, o micróbio para de se mover, criando o que os cientistas chamam de “fábrica de vírions”. A partir daí, são produzidas mais partículas virais e a célula infectada morre ao ter a membrana rompida.
Os detalhes do estudo, liderado pelo professor Masaharu Takemura, foram publicados neste mês no Journal of Microbiology & Biology Education.
O que vem a seguir?
O objetivo principal do estudo é aprimorar a explicação de processos microscópicos, como infecções virais, a alunos em sala de aula. Os pesquisadores querem comunicar conceitos de virologia ao público em geral para aumentar a conscientização sobre a disseminação e prevenção de doenças virais.
“Na educação científica moderna, ver é crer ― educadores agora estão tentando capturar a atenção dos alunos usando visuais e vídeos chamativos, em vez de apenas confiar em diagramas em um livro didático”, diz o comunicado da universidade, que destaca que a pandemia de Covid-19 aumentou o interesse público sobre o assunto.
O filme inédito foi exibido em sala de aula de biologia na Universidade de Ciências de Tóquio (Japão). De acordo com a instituição, a gravação mudou a visão dos alunos sobre vírus para perspectivas mais científicas e biológicas.
“O vídeo aumenta a compreensão dos alunos sobre os mecanismos de proliferação de vírus e destaca a importância biológica dos vírus, seu impacto no destino das células hospedeiras e seu papel nos ecossistemas”, afirma Takemura.
Fonte Olhar Digital