A tecnologia se tornou uma das principais ferramentas para todos os setores e no agronegócio não poderia ser diferente, uma vez que proporciona inúmeros benefícios como economia e
aumento de produtividade, por exemplo. Visando capacitar os acadêmicos para o enfrentamento destes novos desafios do mercado, o curso de Engenharia Agronômica da Universidade de
Marília (Unimar) vem realizando atividades práticas, utilizando estes recursos. Na última aula, os futuros profissionais conheceram o drone pulverizador.
De acordo com o coordenador do curso de Engenharia Agronômica da Unimar, Ronan Gualberto, a tecnologia se torna mais um grande aliado para o setor. “O Agronegócio é um setor muito dinâmico e as novas ferramentas têm surgido para auxiliar o dia a dia no campo. Os drones são a última novidade em tecnologia, porque são mais eficientes e econômicas que os satélites, que tiram fotos poucas vezes no mês ou, até mesmo, no ano. Com os drones, o monitoramento é em
tempo real, independente das condições climáticas do local a ser fotografado. Além disso, permite ao Agrônomo perceber danos e pragas nas plantações em tempo hábil para impedir o avanço, monitorando os tratamentos e o crescimento das plantas”, explica.
Segundo levantamento realizado pela Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP),
cerca de 67% das propriedades agrícolas brasileiras já adotaram algum tipo de inovação
tecnológica. Isso resulta no aumento da produtividade, maior controle na gestão da propriedade, mais qualidade, redução de custos e desperdícios, além da implementação de processos mais sustentáveis.
Ainda segundo o coordenador, além de beneficiar o setor, o avanço da tecnologia aumenta as oportunidades de trabalho. “Uma pesquisa Realizada pela Agência Alemã de Cooperação
Internacional Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH (GIZ), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), dentro do setor, as áreas que estão
em alta são: Técnico em Agronegócio Digital, Engenheiro Agrônomo Digital, Operador de drones, Agricultor urbano e cientista de dados. Essas novas carreiras devem gerar 178,8 mil
oportunidades de emprego nos próximos dois anos, mas só haverá 32,5 mil profissionais
qualificados para preenchê-las, uma defasagem de 82%, diz pesquisa. Neste contexto, os
Engenheiros Agrônomos que se especializarem nessas áreas terão uma enorme oportunidade no mercado de trabalho”, ressalta.
A atividade prática com o drone pulverizador foi realizada em parceria com a empresa Coopercitrus. Os acadêmicos assistiram a palestra da técnica em agricultura de precisão e
acadêmica do curso de Engenharia Agronômica, Vanessa dos Santos, que detalhou os benefícios da utilização do equipamento. “Os drones pulverizadores tem capacidade de atuação de três hectares por hora, com baixo volume de água que vai de 8 a 12 litros por hora, voando com base em coordenadas de GPS e operados em sistemas de digital farming. Esta tecnologia surge para agregar aos métodos já utilizados, dando um up nas ações, uma vez que será possível fazer o mapeamento da área, identificar o problema”, conta.


O curso de Engenharia Agronômica da Unimar utiliza as metodologias inovadoras visando aproximar o acadêmico da realidade do mercado. Segundo o acadêmico do quarto termo da graduação, Gabriel Costa Guerke, a metodologia utilizada no curso auxilia no processo de formação acadêmica. “As aulas mais dinâmicas nos possibilitam ter uma visão diferente do que vemos em sala de aula, deixando-nos mais próximos à realidade do mercado de trabalho. A cada dia, inovações são implementadas no campo e se deixarmos de acompanhar e estudar essas novas tecnologias, que estão sendo bastante utilizadas, vamos ficar para trás. Por isso, não podemos esperar ingressar no mercado para entendermos a utilização da tecnologia, porque até lá já estarão obsoletas. Com as metodologias ativas, saímos da Unimar preparados para estes desafios”, destaca.

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Acadêmicos de Engenharia Agronômica da Unimar participam de aula com drones pulverizadores
Com os drones, o monitoramento é em tempo real, independente das condições climáticas do local a ser fotografado