No final do século XV, surgiram na Europa, as peças dama e bispo, substituindo Fers e Fil que eram utilizadas em uma modelo arcaico de xadrez. Nesta época, o jogo já tinha se popularizado na cultura européia. Em 1454, ao norte da Itália, na pequena cidade de Maróstica, aconteceu La Partita a Scacchi di Marostica, partida em que o Senhor Feudal ordenou que dois nobres, que haviam se apaixonado pela sua filha, Lionora, resolvessem o problema durante um jogo de xadrez, em vez de um duelo sangrento.
Hoje, a cidadezinha prossegue com a tradição do xadrez humano de Maróstica. Nos anos pares é encenado a tradicional disputa, no tabuleiro gigante em mármore que fica na praça central. A tradição do jogo, na segunda guerra mundial, ganhou as regiões da Rússia. O país é considerado o lar do xadrez por reunir os melhores enxadristas do mundo. Outro lugar que vale destaque é St Louis, a capital americana do xadrez. É nos Estados Unidos que acontece a série “O Gambito da Rainha”, baseada no livro homônimo, escrito por Walter Tevis em 1983, e foi lançado pela Netflix em outubro de 2020.
Nos primeiros 28 dias após seu lançamento, na Netflix, já contava com 62 milhões de visualizações, tornando-se a série com script mais assistida da plataforma. A trama narra a história de Beth Harmon (Anya Taylor-Joy), uma menina órfã prodígio no xadrez. A série se passa na década de 60, quando Beth, com 22 anos, precisa controlar a sua dependência de substâncias para tornar-se a grande enxadrista.
Mas e o que o xadrez tem a ver com o inglês?
Além do xadrez ser culturalmente disseminado na língua inglesa, as jogadas, peças e a narração dos campeonatos são feitas em inglês. Para ser um enxadrista, é necessário ter uma leitura rápida e estratégica. Interpretar o jogador oponente e criar a melhor estratégia de jogo. É necessário dominar também as combinações matemáticas. “No aprendizado de inglês alguns métodos são também utilizados, estimulamos que o aluno aprenda um nível de cada vez para no final reunir a jogada, que seria uma conversação completa. E, por meio da prática e da estratégia, mesmo que não seja perceptível, o aluno aprende outro idioma”, diz Augusto Jimenez, psicólogo educacional de um Centro de Formação de Idiomas
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