Mais uma vez manifestantes que querem a reabertura imediata do comércio fizeram nesta terça-feira (14) uma carreata nas principais ruas e avenidas de Marília. O ato finalizou com um “buzinaço” na frente do prédio da Prefeitura Municipal, centro da cidade.
A concentração para a manifestação ocorreu na Avenida das Esmeraldas, próximo do distrito de Lácio. Um dos manifestantes organizou para que um caminhão com a bandeira do Brasil ficasse na frente da carreata.
Os manifestantes aguardaram até 15h, horário que já contava com pelo menos 40 veículos em fila, e o trajeto foi iniciado. Pelas ruas da cidade, os condutores e motociclistas passaram buzinando em protesto contra as medidas de isolamento social.
Formado por empresários, comerciantes e trabalhadores, a principal reivindicação é pela retomada da economia local e autorização para que prestadores de serviços possam retomar suas atividades comerciais.

O Jornal D Marília acompanhou com exclusividade todo o trajeto do buzinaço e divulgou através de uma live nas redes sociais. Na concentração para o protesto, alguns manifestantes minimizaram os impactos do coronavírus, chamado de “Vírus da China” por parte deles.
A maioria não utilizava máscaras ou equipamentos de proteção. Eles também não respeitaram o distanciamento de pelo menos dois metros entre as pessoas – uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Muitas críticas foram feitas ao governador João Doria (PSDB) e o apoio direcionado ao presidente Jair Bolsonaro (Sem partido).
Uma viatura da Polícia Militar acompanhou os manifestantes durante todo o trajeto. Em seguida, estacionou na praça Saturnino de Britto, onde permaneceu até o fim do protesto.

Outros motoristas e até pedestres reclamaram da falta de organização da manifestação, que acabou tumultuando ruas e avenidas da cidade.
Através das redes sociais, os ativistas contrários ao isolamento social estão planejando novos buzinaços para pressionar o prefeito Daniel Alonso (PSDB), que não deve se manifestar sobre a carreata desta terça-feira.
O Jornal D Marília questionou a Empresa Municipal de Mobilidade Urbana de Marília (Emdurb) sobre possíveis medidas a serem adotadas para “organizar” ou coibir a possibilidade de novas carreatas. Nenhuma resposta foi encaminhada até a publicação desta reportagem.