A A Polícia Civil de Marília vai investigar possíveis crimes cometidos durante uma manifestação, um ‘buzinaço’ feito para pressionar a reabertura do comércio e autorizar prestação de serviços.
O protesto ocorreu no dia 25 de abril na avenida Sampaio Vidal, em frente ao Paço Municipal, onde ocorria a primeira reunião do Comitê Gestor instalado na cidade para analisar novas ações de combate à pandemia.
Sob o barulho das ruas, o grupo anunciou no fim da tarde um plano de reabertura das lojas, mas a decisão foi anulada posteriormente pelo prefeito Daniel Alonso (PSDB). A manifestação contou com um carro de som e uma pessoa que estava com um microfone incentivando o protesto contra a decisão de isolamento social.
O inquérito foi instaurado pela Prefeitura de Marília nesta quarta-feira (1º) na Central de Polícia Judiciária (CPJ). Em entrevista ao Jornal D Marília, o delegado seccional Wilson Frazão revelou quais os próximos passos da investigação.
“Vamos instaurar inquérito pela CPJ para apurar a princípio crimes do art 268 (descumprimento de medida destinada a impedir propagação de doença contagiosa), 330 (desobediência) e 286 (incitação ao crime) todos do Código Penal”, relatou o delegado.
Conforme Wilson Frazão, a Polícia Civil já conta com imagens do circuito de videomonitoramento disponibilizados pela Prefeitura.
“Temos imagens do sistema de monitoramento da prefeitura e eventualmente podemos utilizar redes sociais, jornais, entrevistas, etc. O delegado que presidir e que vai avaliando conforme a necessidade. A princípio digo que a manifestação em si não está proibida. Mas quando incitem ao descumprimento da lei, sim”, finalizou.
