A população de Marília está com dificuldades para seguir o isolamento social durante a pandemia do coronavírus. O Governo do Estado alertou determinou a prorrogação da quarentena até o dia 22 de abril, mas a sensação na cidade é que o inimigo invisível ainda não impacta no dia a dia de quem vive na cidade.
Diversas denúncias sobre aglomerações foram realizadas na semana passada. Uma multidão de pessoas na avenida Cascata foi abordada pela Polícia Militar no fim de semana, centenas de pessoas que continuam acessando supermercados – muitas na companhia de familiares – e filas extensas registradas nas filas dos bancos.
O início de abril marca o pagamento de salários, recebimento de aposentadorias e outros serviços prestados por agências bancárias. Nesta terça-feira, três filas foram flagradas em três agências bancárias diferentes na avenida Sampaio Vidal.
Os serviços citados na reportagem estão nas categorias de “essenciais”, tanto pelo decreto Estadual quanto do Municipal. A fiscalização do distanciamento social entre as pessoas e a qualidade do atendimento fornecido aos clientes é papel do Estado, via Polícia Militar e Prefeitura de Marília.

Conforme a doutora, a infectologista Luciana Sgarbi, as determinações do Governo do Estado estão corretas.
“Concordo absolutamente com a orientação do governador João Doria. Esse é o momento mais importante para nós mantermos o distanciamento social. O fechamento do comércio, shopping e outros serviços, gera um transtorno muito grande socioeconômico, porém não tem outro caminho”.
Para a especialista, a população não está compreendendo a gravidade do Covid-19.
“As pessoas não estão compreendendo a justificativa de ficar em casa porque elas estão assintomáticas. Um grande percentual dessas pessoas assintomáticas está Covid Positivo e são transmissoras. A única forma do assintomático não transmitir para outras pessoas é permanecendo em casa”, frisa Luciana Sgarbi.

A infectologista revela que o tempo de duração a quarentena será de acordo com a conscientização da importância do isolamento social.
“O impacto econômico é tão maior quanto mais longa for nossa caminhada nesta pandemia. O sacrifício que fazemos agora, do ponto de vista familiar e econômico, é alto, mas seguramente é um preço menor do que se tivermos um boom no número de casos”, disse.
“Em Marília, temos cerca de 60 leitos de UTI, quando algum paciente precisa do serviço a média de ocupação é entre 10 dias a duas semanas de ocupação, ou seja, um número muito restrito”, alerta a doutora.
